O Ministério dos Transportes começa a estudar uma forma de profissionalizar a gestão dos portos brasileiros, um dos pedidos mais frequentes de especialistas e empresários de comércio exterior do país. Setores do governo considera até a possibilidade de incluir os ...
Redação
10/05/2006 00:00
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O Ministério dos Transportes começa a estudar uma forma de profissionalizar a gestão dos portos brasileiros, um dos pedidos mais frequentes de especialistas e empresários de comércio exterior do país. Setores do governo considera até a possibilidade de incluir os conselhos de Autoridade Portuária, órgãos que reúnem representantes de autoridades, executivos e trabalhadores do setor, no processo de seleção dos futuros dirigentes. A proposta integra um relatório que o diretor do Departamento de Programas de Transportes Aquaviários, do Ministério, Paulo de Tarso Carneiro, entregará nesta semana ao ministro Paulo Sérgio de Oliveira Passos. O documento reúne as conclusões do seminário Estratégia para Portos, organizado pelo dirigente na semana passada para debater um novo modelo de gestão para os complexos. De acordo com Carneiro, a necessidade das companhias docas de contar com profissionais do setor, ‘‘com reconhecida experiência no meio portuário, que saibam o que é porto, as necessidades do comércio exterior e qual o papel que a Autoridade Portuária deve desempenhar diante dos empresários’’, foi a principal questão debatida durante as palestras. Atualmente, os dirigentes das administrações portuárias federais são escolhidos pelo Ministério dos Transportes a partir de critérios político-partidários, o que motiva críticas de diversos usuários. Para eles, apesar de algumas exceções, quanto menor a ingerência política na gestão de um complexo, maior a garantia de bons resultados. No caso do Porto de Santos, a direção é compartilhada por indicações do ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP), dos deputados Vicente Cascione (PTB-SP) e Telma de Souza (PT-SP) e do Diretório Estadual do PT. No documento, estarão registradas algumas das estratégias consideradas para a ‘‘profissionalização’’ das companhias docas. Para Paulo de Tarso Carneiro, o ‘‘essencial’’ é que a indicação de nomes seja feita com critérios técnicos. Para isso, ele defende que tais cuidados sejam institucionalizados. O seminário Estratégia sobre Portos apresentou as conclusões de cinco conferências, promovidas pelo ministério no ano passado nos principais complexos do país. A de Santos ocorreu em dezembro último. Além da profissionalização, o relatório a ser entregue ao ministro terá propostas sobre como melhorar a relação porto-cidade e possíveis mudanças em serviços como a dragagem.
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