<P>Um dos fatores que motivou a ação do governo local foi a decisão do Consórcio Rio Naval de transferir obras de pelo menos cinco dos nove petroleiros encomendados pela Transpetro (subsidiária da Petrobras para transporte e logística) para outros Estados.</P><P>A medida causou revolta entre o...
Jornal do Commercio/RJUm dos fatores que motivou a ação do governo local foi a decisão do Consórcio Rio Naval de transferir obras de pelo menos cinco dos nove petroleiros encomendados pela Transpetro (subsidiária da Petrobras para transporte e logística) para outros Estados.
A medida causou revolta entre os metalúrgicos do Estado e deve provocar uma manifestação de protesto na próxima semana, em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio. Os metalúrgicos alegam que a migração de obras para outros Estados já cortou 10 mil vagas no Rio. O número não é confirmado pelo Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval).
Segundo o diretor presidente da MPE, Renato Abreu, estão sendo avaliadas áreas para a instalação de um novo estaleiro da MPE para a realização das obras no Maranhão e no Espírito Santo. Entre investirmos US$ 100 milhões que precisaremos investir para construir os navios numa área que não é nossa e ainda pagar pelo arrendamento, preferimos investir num estaleiro em outro lugar, diz.
Ainda estamos tentando manter os quatro (navios) restantes em um dos estaleiros do Rio para garantir renda e empregos, afirmou o secretário Júlio Bueno. Uma das opções para que estes navios sejam construídos é o estaleiro Mauá, em Niterói. Os outros cinco navios petroleiros, de maior porte exigem dique seco para serem construídos. Hoje no Rio, só existem dois, um deles na área da antiga Ishibrás, que estava arrendada ao Consórcio Rio Naval, e outra no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis.
Procuramos pelo Brasfels, mas eles estão com obras abarrotando todos os espaços, disse. O secretário não confirma, mas segundo fontes do setor, tanto o Brasfels, quanto os proprietários da área da antiga Ishibrás, estão de olho nas obras das sondas de perfuração que a Petrobras deve encomendar ao mercado ainda este ano. Cada uma delas custa em torno de US$ 700 milhões, preço quase dez vezes superior ao valor médio de cada navio petroleiro encomendado pela Transpetro ao Consórcio Rio Naval.
Para o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, a desconcentração faz parte do jogo. Houve uma mudança de paradigma e outras empresas que não eram do setor começaram a acreditar na construção naval como um negócio promissor. Estaleiros que eram virtuais tornaram-se realidade, avalia. Ele também argumenta que a Transpetro foi intermediária no processo de negociação para que a construção dos petroleiros do consórcio Rio Naval fossem mantidos no Rio.
Atrasamos o cronograma por conta disso. Agora precisamos que as obras sejam agilizadas, afirma. A Petrobras quer os navios e as plataformas. Cabe à indústria naval se organizar para atender a esta demanda dentro dos prazos e preços oferecidos no mercado internacional, diz. O Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval) não comenta o assunto.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Atrasamos o cronograma por conta disso. Agora precisamos que as obras sejam agilizadas, afirma. A Petrobras quer os navios e as plataformas. Cabe à indústria naval se organizar para atender a esta demanda dentro dos prazos e preços oferecidos no mercado internacional, diz. O Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval) não comenta o assunto.
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