O secretário de Energia, Indústria Naval e do Petróleo, Wagner Victer, o resultado sofreu um "direcionamento vergonhoso" para beneficiar o estaleiro "virtual" de Pernambuco, que poderá receber a maior parte da encomenda.
RedaçãoO secretário de Energia, Indústria Naval e do Petróleo, Wagner Victer, afirmou que "o resultado da licitação é uma forte agressão ao estado do Rio e afronta todas as práticas de licitação deste tipo ocorridas no país e no Mundo". Victer se refere à participação do estaleiro do consórcio Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiróz Galvão e Aker Promar, de Pernambuco, para a construção de 10 navios Suezmax, os de maior porte da licitação e que representam cerca de 65% da tonelagem da encomenda.
"O resultado é absurdo, é a primeira vez no mundo que um consórcio que representa um estaleiro que não existe, que não tem sequer um trabalhador qualificado, que sequer construiu um barco a remo e muito menos possui qualquer tipo de equipamento de movimentação de carga adquirido recebe uma encomenda deste porte e importância econômica", denunciou Victer.
Ainda de acordo com o secretário, o estaleiro "virtual", que, supõe-se, será construído no nordeste brasileiro, utilizará recursos públicos do Fundo de Marinha Mercante (FMM) infinitamente superiores aos necessários para que os estaleiros do Rio de Janeiro adaptem suas instalações para realizar tais obras. "O resultado trágico é que o estado do Rio de Janeiro deixará de ter gerados cerca de 15 mil novos postos de trabalho", concluiu.
Na opinião do secretário, tanto a manutenção da desqualificação do grupo Keppel Fels/Brasfels, de Angra dos Reis, e do Eisa Montagens, do Rio, quanto as eliminações na fase anterior, dos estaleiros Nuclep, e Renave todos no Rio teve o objetivo de reduzir os concorrentes e "favoreceu escancaradamente o estaleiro virtual. "Foi direcionamento vergonhoso, que além de buscar o esvaziamento econômico do estado do Rio de Janeiro poderá gerar elevados ônus para os cofres públicos", denunciou Victer.
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