O ministro das Relações Exteriores de São Tomé e Príncipe, Carlos Tiny, destacou a possibilidade da participação da Petrobras num consórcio que será criado com a portuguesa Galp e a angolana Sonangol para exploração na zona exclusiva do país.
Agência LusaO ministro das Relações Exteriores de São Tomé e Príncipe, Carlos Tiny, destacou a possibilidade da participação da Petrobras num consórcio que será criado com a portuguesa Galp e a angolana Sonangol para exploração na zona exclusiva do país.
"Vamos avançar num quadro de colaboração na zona exclusiva e também de desenvolvimento em conjunto com a Nigéria. Tudo está em aberto", disse o ministro à Agência Lusa, após uma reunião com o departamento de negócios internacionais da Petrobras, no Rio de Janeiro.
Segundo Carlos Tiny, o governo são-tomense ainda está em fase inicial de conversações com a petrolífera brasileira, mas afirma haver "caminhos abertos para dar passos mais concretos" nos próximos dois anos.
"Estão abertas perspectivas muito boas. Tivemos conversas gerais que vão continuar em outros níveis", ressaltou, referindo-se às questões que envolvem a transferência de tecnologia em águas ultraprofundas e capacitação de quadro técnico de pessoal.
Colaboração
O embaixador brasileiro em São Tomé e Príncipe, Manuel Inocêncio Santos, disse acreditar que é "perfeitamente possível" a colaboração da Petrobras em diversos níveis, e não apenas na integração do consórcio.
O governo brasileiro, segundo o diplomata, tem experiência em muitos dos problemas que estão sendo enfrentados por São Tomé e Príncipe e poderá contribuir no âmbito da educação, principalmente para a formação de professores e alfabetização, e na saúde, em programas de combate à malária.
"São Tomé e Príncipe é um pedacinho do Brasil e as nossas ligações são muito mais do que pensamos", afirmou o diplomata, destacando que são "intermináveis as possibilidades de cooperação" por parte do governo brasileiro.
Segundo uma parceria estratégica com o Brasil, o embaixador disse que é importante o Brasil estar presente no ciclo de desenvolvimento em que São Tomé está empenhando-se para os próximos anos. "O Brasil tem ciência disso e estará presente nesse processo".
Na visita oficial que faz ao Brasil, entre 12 e 21 de janeiro, o ministro são-tomense já esteve em Salvador, encontra-se agora no Rio de Janeiro e seguirá ainda para Brasília, onde deverá se encontrar com o chanceler brasileiro, Celso Amorim.
A viagem tem como objetivo preparar a visita ao Brasil do primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Rafael Branco, prevista para o primeiro trimestre deste ano.
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