Estaleiro

Governo baiano reúne sociedade, políticos e empresários em prol do estaleiro Enseada

Redação/Assessoria
18/10/2018 18:00
Governo baiano reúne sociedade, políticos e empresários em prol do estaleiro Enseada Imagem: Matheus Lemos Visualizações: 1446

A retomada de operação da Enseada Indústria Naval, empreendimento localizado no Recôncavo baiano, voltou a ser tratado pelo governo do estado nesta terça-feira (16). O grupo de trabalho, encabeçado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, recebeu ex-prefeitos da região, o presidente do estaleiro, Maurício de Almeida, e parlamentares federais para reforçar as ações coletivas que miram a retomada de operação do setor naval baiano.

“O esforço do governo e dos diversos entes deste fórum é para garantir que a Enseada volte a operar e desenvolver o Recôncavo baiano, gerando emprego e renda, como já fez no passado. Queremos que este importante ativo do estado, que chegou a empregar cerca de 7,5 mil trabalhadores, em 2014, volte à plena produção”, destacou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Luiza Maia.

A iniciativa, de acordo com o ex-prefeito de Maragojipe, Silvio Ataliba, é uma saída para o problema social que assola a região, como o desemprego e a violência. “Além do governo, dos parlamentares e da associação dos ex-prefeitos, precisamos envolver também a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) neste movimento de defesa do Recôncavo, pois o estaleiro é da Bahia e nós vestimos a camisa, lutamos por ele”, disse.

“Essa luta coletiva ajuda muito. O Enseada é da Bahia, de fato, temos aqui o melhor e mais tecnológico estaleiro do Brasil e temos potencial para concorrer internacionalmente. O investimento que fizemos e a manutenção dele é por acreditar neste projeto, no desenvolvimento do estado”, pontuou Maurício Almeida. Ele informou ainda que o Enseada acabou de ser classificado para a segunda fase de uma licitação da Marinha do Brasil, juntamente com outros três estaleiros brasileiros, para a construção de quatro navios de guerra.

Representando os parlamentares da bancada baiana no Congresso Nacional, o deputado federal Nelson Pelegrino (PT/BA) lamentou o desmonte da política de conteúdo local, promovida pelo governo Temer, fato que para ele impactou negativamente o segmento naval do país. “Precisamos lutar para revogar a atual política de conteúdo local, que penaliza as indústrias nacionais, e contra a MP 795, que reduziu a quase zero a alíquota de importação. Ambas as medidas prejudicaram o setor”, afirmou.

Representantes das secretarias de Infraestrutura e da Casa Civil e dos deputados federais Jorge Solla e Caetano, ambos do PT, também participaram do encontro, ocorrido no auditório da SDE, no Centro Administrativo da Bahia.

Entenda o caso

No início de setembro deste ano, o governo do Estado criou uma força tarefa, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), para viabilizar o reaquecimento do setor da Indústria Naval na Bahia. O foco era a retomada de operação do estaleiro Enseada, instalado em Maragojipe, no Recôncavo Baiano. Único de 5ª geração no Brasil, com tecnologia de ponta e qualidade na produtividade, o Enseada já foi um celeiro de oportunidades e chegou a empregar 7,4 mil pessoas, em sua maioria do Recôncavo. A intenção é atrair investidores e parcerias, além do apoio institucional, para que o empreendimento volte a gerar emprego e renda na região.

O maior estaleiro do país, com área de 1,6 milhão de metros quadrados, capacidade de processar 36 mil toneladas de aço por turno/ano e com potencial de gerar 4 mil empregos diretos, promoveu o desenvolvimento territorial do Recôncavo, no auge de sua operação, iniciada em 2012.

Para se ter um recorte deste passado, o produto Interno Bruto (PIB) de Maragojipe, em três anos, saltou de R$ 194 milhões para R$ 753 milhões, crescendo cerca de 272%. Além disso, no período de 2012 a 2015, cerca de 7 mil empresas foram abertas na região. O consórcio que deu origem à Enseada, à época, investiu R$ 3,2 bilhões no empreendimento. Hoje, os 35 funcionários lotados no estaleiro cuidam da manutenção dos equipamentos na planta industrial, situada às margens do Rio Paraguaçu.

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