Gazeta Mercantil
O grupo siderúrgico Gerdau informou ontem que acertou uma aliança estratégica com a Corporación Centroamericana del Acero, que segundo a companhia brasileira é a maior produtora de aço da América Central, com capacidade instalada anual de 500 mil toneladas de aço e 690 mil toneladas de laminados, produtos siderúrgicos voltados para a construção civil e indústria.
No acordo, a Gerdau se comprometeu a investir US$ 180 milhões em melhorias do processo industrial e de distribuição na Corporación Centroamericana e com isso passará a ter uma participação de 30% na empresa. A gestão dos negócios será compartilhada com os atuais acionistas, informou a Gerdau.
A transação envolve as operações que a Corporación Centroamericana possui na Guatemala, Honduras, El Salvador, Belize e Nicarágua. A unidade siderúrgica da empresa está na Guatemala, e a empresa possui quatro unidades de laminação, em território guatemalteco e em Honduras, e unidades de distribuição, além de nesses países, em Belize, El Salvador e Nicarágua. Além disso, a empresa detém uma participação minoritária na companhia hondurenha Intrefica, voltada para atividades de trefilação.
O grupo brasileiro destacou que a parceria posiciona a companhia como um dos maiores competidores da América Central e Caribe. "A América Central é uma região estratégica e passa a ser uma importante operação, juntamente com as unidades no México e na República Dominicana, para o atendimento das demandas do mercado local", declarou o diretor-presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, por meio de comunicado no qual também destacou que a América Central tem apresentado um expressivo crescimento econômico nos últimos anos.
De acordo com dados da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), a Guatemala cresceu 5,5% no ano passado, Honduras, 6% e El Salvador, 4,5%. Para este ano, a entidade prevê taxas de crescimento menor devido a reflexos da crise dos Estados Unidos. A previsão é de que a economia guatemalteca e a hondurenha crescerão 4,5%.
A Gerdau já atuava no México, onde entrou no ano passado, com a compra da Siderúrgica Tultitlán. Depois, fechou uma parceria com a Aceros Corsa, ampliando a participação no mercado local. Também em 2007, o grupo passou a atuar no Caribe, por meio de uma aliança estratégica com a empresa dominicana Inca, na qual possui cerca de 30% de participação.
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