Setor Elétrico

Geração térmica no país é recorde

A alta reflete a crise energética vivida no país.

Diário do Comércio – MG
24/09/2014 10:06
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A geração térmica no Brasil alcançou a casa dos 16.520 Megawatts Médios (MW médios) neste ano, a maior desde 2007. Esse volume é 24,9% superior aos 13.221 MW médios despachados em 2013. A alta reflete a crise energética vivida no país em decorrência do baixo volume de chuva e impacta no preço da energia. Os dados compõem o boletim divulgado ontem pela Comerc Energia, gestora independente do insumo.
“Não existiam muitas térmicas no sistema na época do racionamento de 2001. O investimento em termelétricas é uma coisa mais recente e a utilização está muito associada à situação crítica dos reservatórios. Por isso, batemos recorde agora”, afirma o presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos.
O nível dos reservatórios no sistema Sudeste, o principal do país, está a 26,37% do ideal, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No mesmo período de 2013, quando as chuvas também ficaram abaixo da média, o nível estava em 48,71% no mesmo período. Na medida em que as usinas hidrelétricas deixam de suportar o aumento da demanda, o governo passa a inserir cada vez mais térmicas no sistema.
O grande problema é que, em um primeiro momento, a entrada das térmicas ocorreu sem planejamento, conforme ressalta o consultor da LPS Consultoria Energética Fernando Umbria. “O conjunto de térmicas inserido no sistema não é exatamente o mais adequado para operar nas condições observadas hoje. O ideal seria a utilização das usinas com maior rendimento e com combustível mais barato. Assim o custo ficaria mais baixo”, afirma.
Capacidade – A capacidade térmica total instalada no país gira em torno dos 25 mil MW atualmente. Desse montante, 10.796 MW são vendidos por até R$ 150 o Megawatt/hora (MWh). Como o valor médio de comercialização da energia gerada em hidrelétricas é R$ 150 o MWh, pode-se dizer que 42% do volume gerado pelas térmicas possuem preço competitivo. Porém, os 58% restantes possuem valores bem mais altos.
Um montante de 3.948 MW está sendo comercializado por um valor que fica entre R$ 151 e R$ 300 o MWh. Outros 3.278 MW, valem de R$ 301 a R$ 500; cerca de 4.177 MW são vendidos a preços que variam de R$ 501 a R$ 700; e 2.929 MW, por até R$ 1.200.
Umbria explica que essa diferença de preços ocorre em decorrência da imensidão de combustíveis utilizados na geração térmica, como óleo diesel, carvão, gás, biomassa, dentre outras opções. E é justamente por causa do alto custo de grande parte das termelétricas que a energia está tão cara neste ano. O Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) bateu por diversas vezes a casa dos R$ 822 o MW, valor máximo aceito. Atualmente, está em R$ 770 o MW.
Para Umbria, a tendência é que, com o passar dos anos, o custo seja reduzido. Isso porque o governo deverá licitar térmicas com combustíveis mais baratos. Vlavianos concorda e ressalta que a tendência é que o país aumente a produção de gás natural, barateando os custos. “As térmicas hoje são ineficientes em termos de custos de combustíveis. Com o advento do pré-sal vamos ter oferta de gás para utilizarmos a menores custos nas térmicas”, afirma.

A geração térmica no Brasil alcançou a casa dos 16.520 Megawatts Médios (MW médios) neste ano, a maior desde 2007.

Esse volume é 24,9% superior aos 13.221 MW médios despachados em 2013.

A alta reflete a crise energética vivida no país em decorrência do baixo volume de chuva e impacta no preço da energia.

Os dados compõem o boletim divulgado ontem pela Comerc Energia, gestora independente do insumo.

“Não existiam muitas térmicas no sistema na época do racionamento de 2001.

O investimento em termelétricas é uma coisa mais recente e a utilização está muito associada à situação crítica dos reservatórios.

Por isso, batemos recorde agora”, afirma o presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos.

O nível dos reservatórios no sistema Sudeste, o principal do país, está a 26,37% do ideal, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

No mesmo período de 2013, quando as chuvas também ficaram abaixo da média, o nível estava em 48,71% no mesmo período.

Na medida em que as usinas hidrelétricas deixam de suportar o aumento da demanda, o governo passa a inserir cada vez mais térmicas no sistema.

O grande problema é que, em um primeiro momento, a entrada das térmicas ocorreu sem planejamento, conforme ressalta o consultor da LPS Consultoria Energética Fernando Umbria. “O conjunto de térmicas inserido no sistema não é exatamente o mais adequado para operar nas condições observadas hoje. O ideal seria a utilização das usinas com maior rendimento e com combustível mais barato. Assim o custo ficaria mais baixo”, afirma.

Capacidade

 A capacidade térmica total instalada no país gira em torno dos 25 mil MW atualmente.

Desse montante, 10.796 MW são vendidos por até R$ 150 o Megawatt/hora (MWh).

Como o valor médio de comercialização da energia gerada em hidrelétricas é R$ 150 o MWh, pode-se dizer que 42% do volume gerado pelas térmicas possuem preço competitivo.

Porém, os 58% restantes possuem valores bem mais altos.

Um montante de 3.948 MW está sendo comercializado por um valor que fica entre R$ 151 e R$ 300 o MWh.

Outros 3.278 MW, valem de R$ 301 a R$ 500; cerca de 4.177 MW são vendidos a preços que variam de R$ 501 a R$ 700; e 2.929 MW, por até R$ 1.200.

Umbria explica que essa diferença de preços ocorre em decorrência da imensidão de combustíveis utilizados na geração térmica, como óleo diesel, carvão, gás, biomassa, dentre outras opções.

E é justamente por causa do alto custo de grande parte das termelétricas que a energia está tão cara neste ano.

O Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) bateu por diversas vezes a casa dos R$ 822 o MW, valor máximo aceito.

Atualmente, está em R$ 770 o MW.

Para Umbria, a tendência é que, com o passar dos anos, o custo seja reduzido. Isso porque o governo deverá licitar térmicas com combustíveis mais baratos.

Vlavianos concorda e ressalta que a tendência é que o país aumente a produção de gás natural, barateando os custos. “As térmicas hoje são ineficientes em termos de custos de combustíveis.

Com o advento do pré-sal vamos ter oferta de gás para utilizarmos a menores custos nas térmicas”, afirma.

 

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