Energia

Geração térmica aumenta cerca de 84% no CE

Dados são do ONS.

Diário do Nordeste
19/05/2014 14:59
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O baixo nível dos reservatórios de água e o constante aumento do consumo de energia elétrica têm desencadeado o crescimento da geração das usinas térmicas - fonte complementar à demanda energética das hidrelétricas. Entre março de 2011 e igual mês deste ano, a geração das térmicas na região Nordeste cresceu 831,2%, considerando os períodos de picos e decréscimos de produção, segundo os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A alta da geração teve início do fim de 2012, quando a quantidade de gigawatts produzidos subiu de 935,78, em setembro, para 1.482,43 no mês de outubro.
Ceará
No Ceará, o ritmo aquecido de geração também se confirma, de acordo com o ONS. Entre março do ano passado e igual mês de 2014, a geração média de megawatts das térmicas cresceu 84%, atingindo 1.473,47MW/med em março deste ano.
A TermoCeará, por exemplo, usina térmica da Petrobras sediada no município de Caucaia, vem sendo continuamente despachada pelo ONS desde setembro de 2012, conforme informações da assessoria de comunicação da empresa.
Segundo o consultor de Energia João Mamede Filho, a alta da geração no estado também é justificada pela operação da usina Pecém Energia, que começou a funcionar no fim do ano passado. "Logo que a usina ficou pronta, já entrou em operação para, junto com as demais térmicas do Estado, ajudar na economia dos reservatórios de água e evitar que tenhamos um colapso energético", acrescenta o consultor.
Custo elevado
Consideradas as fontes mais propícias para complementar a geração das hidrelétricas devido à garantia de energia permanente, as térmicas, entretanto, possuem uma desvantagem, que atinge especialmente o bolso do consumidor: o preço elevado.
"Enquanto 1 MW médio gerado nas hidrelétricas custa R$ 120, nas térmicas, esse valor pode chegar a R$ 450", compara Mamede Filho.
Levando em conta a previsão de chuvas fracas para os próximos meses e a baixa capacidade de armazenamento das hidrelétricas da região amazônica, que, mesmo quando estiverem prontas, terão baixas de geração, o consultor alerta para a necessidade de o governo instituir um racionamento de energia.
"Em vez de lançar uma campanha de racionalização, a presidenta determinou a redução da conta de luz. Se nada for feito, os brasileiros vão continuar consumindo cada vez mais", ressalta.
O consumo desenfreado de energia, além de encarecer seu custo, pode levar a uma situação mais drástica, caso o nível dos reservatórios das hidrelétricas fique ainda mais baixo.
"O período chuvoso deve começar por volta de outubro, mas, até lá, os reservatórios estarão muito depreciados. Se não chover, como vamos atender o mercado?", questiona o especialista, lembrando que, sozinhas, as térmicas não possuem capacidade para atender à demanda energética do país.
Atualmente, de acordo com o consultor, cerca de 70% da geração de energia são de responsabilidade das hidrelétricas, enquanto as térmicas respondem por 25%, e os parques eólicos por 6% dessa geração.

O baixo nível dos reservatórios de água e o constante aumento do consumo de energia elétrica têm desencadeado o crescimento da geração das usinas térmicas - fonte complementar à demanda energética das hidrelétricas. Entre março de 2011 e igual mês deste ano, a geração das térmicas na região Nordeste cresceu 831,2%, considerando os períodos de picos e decréscimos de produção, segundo os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A alta da geração teve início do fim de 2012, quando a quantidade de gigawatts produzidos subiu de 935,78, em setembro, para 1.482,43 no mês de outubro.


Ceará

No Ceará, o ritmo aquecido de geração também se confirma, de acordo com o ONS. Entre março do ano passado e igual mês de 2014, a geração média de megawatts das térmicas cresceu 84%, atingindo 1.473,47MW/med em março deste ano.

A TermoCeará, por exemplo, usina térmica da Petrobras sediada no município de Caucaia, vem sendo continuamente despachada pelo ONS desde setembro de 2012, conforme informações da assessoria de comunicação da empresa.

Segundo o consultor de Energia João Mamede Filho, a alta da geração no estado também é justificada pela operação da usina Pecém Energia, que começou a funcionar no fim do ano passado. "Logo que a usina ficou pronta, já entrou em operação para, junto com as demais térmicas do Estado, ajudar na economia dos reservatórios de água e evitar que tenhamos um colapso energético", acrescenta o consultor.


Custo elevado

Consideradas as fontes mais propícias para complementar a geração das hidrelétricas devido à garantia de energia permanente, as térmicas, entretanto, possuem uma desvantagem, que atinge especialmente o bolso do consumidor: o preço elevado.

"Enquanto 1 MW médio gerado nas hidrelétricas custa R$ 120, nas térmicas, esse valor pode chegar a R$ 450", compara Mamede Filho.

Levando em conta a previsão de chuvas fracas para os próximos meses e a baixa capacidade de armazenamento das hidrelétricas da região amazônica, que, mesmo quando estiverem prontas, terão baixas de geração, o consultor alerta para a necessidade de o governo instituir um racionamento de energia.

"Em vez de lançar uma campanha de racionalização, a presidenta determinou a redução da conta de luz. Se nada for feito, os brasileiros vão continuar consumindo cada vez mais", ressalta.

O consumo desenfreado de energia, além de encarecer seu custo, pode levar a uma situação mais drástica, caso o nível dos reservatórios das hidrelétricas fique ainda mais baixo.

"O período chuvoso deve começar por volta de outubro, mas, até lá, os reservatórios estarão muito depreciados. Se não chover, como vamos atender o mercado?", questiona o especialista, lembrando que, sozinhas, as térmicas não possuem capacidade para atender à demanda energética do país.

Atualmente, de acordo com o consultor, cerca de 70% da geração de energia são de responsabilidade das hidrelétricas, enquanto as térmicas respondem por 25%, e os parques eólicos por 6% dessa geração.

 

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