Empresa de levantamentos geofísicos sediada em Lagoa Santa (MG) arremata oito blocos no setor SSF-S (bacia de São Francisco), dois a mais que a Petrobras. Estatal, no entanto, supera a estreante no volume total pago em bônus de assinatura.
Após mais de uma hora de apuração dos lances, o resultado do leilão do setor terrestre SSF-S (bacia de São Francisco) foi o que mais reservou surpresas no primeiro dia da Sétima Rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), encerrado nesta segunda-feira (17/10). A mineira Geobras Pesquisas Minerais Ltda foi o principal destaque, arrematando sozinha oito blocos, dois a mais que a Petrobras e desembolsando R$ 500 mil em bônus de assinatura no total. Já os lances da estatal somaram R$ 1,580 milhão no leilão, que foi o último do dia.
Ao todo, foram arrecadados R$ 1,083 milhão em bônus de assinatura no leilão do setor SSF-S e arrematados 39 dos 43 blocos oferecidos. Quase todos os blocos foram disputados, com a exceção de alguns arrematados pela Geobras e de todos pela argentina Oil M&S S.A., que tiveram apenas o lance vencedor. Ao todo, a M&S ficou com 23 blocos, somando R$ 230.230 (R$ 10.010 por cada bloco). Em algumas disputas, a Geobras conseguiu apresentar propostas melhores que as da Petrobras, oferecendo valor menor, mas com pontuação maior no critério do programa exploratório mínimo em unidades de trabalho. O diretor comercial da Geobras, Luiz Andrade, disse que o interesse é no potencial de gás natural da região da bacia de São Francisco, classificada pela ANP como nova fronteira. Fizemos esses lances porque sabemos o que tem lá, disse.
Segundo Andrade, a empresa, sediada na cidade mineira de Lagoa Santa, tem dez anos de experiência em serviços de geofísica para o segmento mineral, principalmente manganês, ferro e bauxita. Andrade disse que também faz levantamentos geofísicos para empresas de petróleo, mas não quis entrar em detalhes sobre seus clientes.
O presidente da Geobras, Romeo César Torres, também evitou informar quanto fatura em suas atividades, mas disse que o projeto na bacia de São Francisco conta com o apoio de um grupo chamado CBC, que administra um fundo com capital de investidores canadenses, brasileiros e chineses. Eles (os administradores do fundo) estão dispostos a investir R$ 10 bilhões nos primeiros sete anos, se os trabalhos compensarem, disse Torres.
Novamente questionado sobre outras atividades, o executivo informou que a Geobras mantém a Fundação Geobras, que, de acordo com seu site na Internet, tem como missão maior garantir a preservação dos recursos naturais no Brasil, sendo mantida exclusivamente com recursos financeiros da GEOBRAS MINERAÇÃO e GEOBRAS PESQUISAS MINERAIS.
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