Preços

Gasolina não sobe, garante Petrobras

Valor Econômico
23/02/2011 10:23
Visualizações: 655
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, garantiu ontem em Porto Alegre a manutenção dos preços atuais da gasolina e do diesel no país, apesar do aumento das cotações do petróleo provocado pelas convulsões sociais nos países produtores na África e Oriente Médio nos últimos dias. "Nós não vamos repassar para o mercado brasileiro a volatilidade do preço internacional. Com certeza não vamos fazer isto", afirmou.
 
 
Conforme o executivo, a alta das cotações está ocorrendo "por razões especulativas" e a empresa segue a política adotada há oito anos, que prevê o ajuste dos preços internos somente após a acomodação do câmbio e das cotações internacionais em níveis "relativamente estáveis". Ontem, o tipo Brent para entrega em abril fechou com alta de US$ 0,04, a US$ 105,78 no mercado de futuros de Londres, o maior patamar desde os US$ 106,04 de 22 de setembro de 2008.
 

Para os próximos meses ele ainda espera um período de "intensa volatilidade" dos preços da commodity devido, além dos conflitos, à "incerteza" quanto à recuperação das economias dos Estados Unidos, Europa e Japão. Mesmo assim, ele não vê, nos "fundamentos" do mercado, "nada que justifique uma tendência permanente crescente de preços".
 

Segundo ele, o consumo mundial de petróleo está entre 85 milhões e 86 milhões de barris por dia, ante uma produção de 86 milhões a 87 milhões de barris, sem contar uma capacidade ociosa de 4 milhões a 5 milhões de barris/dia pronta para ser acionada pela Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). "Portanto, não tem razão para que o preço seja continuamente crescente", disse.
 

Gabrielli não acredita que as crises na África e no Oriente Médio provocarão "impacto duradouro e significativo" na produção mundial. "A Líbia é um produtor marginal da Opep e o Egito é um pequeno produtor", disse, acrescentando que o Canal de Suez é um corredor logístico mais importante para o transporte de gás natural liquefeito (GNL) do que de petróleo.
 

O executivo afirmou ainda que a estatal já tem um "plano" para retirar os sete funcionários que trabalham na Líbia, sacudida por violentos confrontos entre forças de segurança e opositores do ditador Muamar Gadafi. "Temos uma atividade exploratória muito pequena na Líbia, mas não vou falar nada sobre isso para não ameaçar a vida dos meus funcionários", disse.
 

Para o analista Lucas Brendler, da corretora Geração Futuro, se o petróleo seguir em alta nos próximos dias os combustíveis no mercado brasileiro tendem a ficar mais baratos do que no Golfo do México e nos Estados Unidos, que são influenciados rapidamente pela oscilação da commodity. No longo prazo, porém, a política da Petrobras de segurar os preços do diesel e da gasolina nos momentos de forte volatilidade leva a uma "convergência" entre o mercado doméstico e o internacional.
 

No cenário atual, Brendler não espera nenhuma reavaliação nos preços do diesel e da gasolina no Brasil antes do segundo semestre. De acordo com ele, no fim da semana passada a gasolina brasileira na refinaria (livre de impostos e do efeito cambial) estava 3,5% mais cara que nos EUA, ante 20% a 25% em julho de 2010. Já o diesel estava 5% mais barato dia 18 deste mês, enquanto em julho de 2010 estava entre 15% e 20% mais caro.
 

Gabrielli esteve em Porto Alegre para apresentar ao governo estadual e a empresários as oportunidades de negócios com a Petrobras para a exploração do pré-sal. Segundo o governador Tarso Genro (PT), a meta é aumentar a participação do Rio Grande do Sul no fornecimento de insumos nacionais para a estatal dos atuais 2% para 10% em quatro anos
Mais Lidas De Hoje
veja Também
COP30
Setor de óleo e gás usa tecnologia para acelerar a desca...
15/11/25
COP30
Encontro promovido pelas distribuidoras de energia elétr...
15/11/25
COP30
Fórum do IBP debate novas tecnologias e desafios na insp...
14/11/25
Apoio Offshore
Svitzer Copacabana chega para fortalecer operações de GN...
14/11/25
BRANDED CONTENT
Merax, 20 anos de confiança em soluções que movem o seto...
14/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy terá debates estratégicos em 10...
14/11/25
COP30
IBP promove painéis sobre descarbonização, metas globais...
14/11/25
Eólica Offshore
Japão e Sindienergia-RS: em visita a Porto Alegre, embai...
14/11/25
Bacia de Campos
Novo prazo de recebimento de propostas para o FPSO do pr...
14/11/25
Royalties
Participação especial: valores referentes à produção do ...
14/11/25
COP30
Indústria brasileira de O&> atinge padrões de excelência...
14/11/25
Pré-Sal
União aumenta sua participação na Jazida Compartilhada d...
14/11/25
COP30
Líderes e negociadores da COP30 receberão cartas de 90 a...
13/11/25
Energia Elétrica
Projeto Meta II: CCEE e PSR apresentam proposta para mod...
13/11/25
COP30
ANP participa do evento e avança em medidas para a trans...
13/11/25
Nova marca
ABPIP moderniza identidade visual e reforça alinhamento ...
13/11/25
Firjan
Enaex 2025 debate reindustrialização, competitividade do...
13/11/25
Entrevista
Rijarda Aristóteles defende protagonismo feminino na era...
13/11/25
COP30
IBP defende setor de O&> como parte da solução para desc...
13/11/25
COP30
Transpetro recebe o Selo Diamante do Ministério de Porto...
13/11/25
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
13/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.