Mercosul

Gasoduto terá recursos do BNDES e de fundo argentino


22/09/2004 03:00
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O diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, explicou ontem que a ampliação do gasoduto que liga o sul da Argentina a Buenos Aires, controlado pela Transportadora Gas del Sur (TGS), não exigirá aporte direto de recursos da Petrobras, que junto com a Enron tem 50% da TGS.
Ele explicou que o financiamento do obra, orçada em US$ 285 milhões - dos quais o BNDES vai emprestar US$ 142 milhões - será bancado por um fundo a ser constituído na Argentina com participação direta do Banco La Nación, da própria TGS e das petrolíferas Total e Panamerican, justamente as que produzem gás no sul da Argentina.
Segundo Cerveró, a obra será feita em etapas, sendo que na primeira fase os investimentos permitirão aumentar o volume de gás transportado em mais 2 milhões de metros cúbicos por dia a partir de junho de 2005. Ele explicou ainda que inicialmente o objetivo no curtíssimo prazo é aumentar a compressão e duplicar alguns trechos do gasoduto.
O diretor da Petrobras explicou também que a para financiar o investimento o BNDES está exigindo como contrapartida a compra de bens e serviços brasileiros. As primeiras compras, com dinheiro antecipado diretamente do caixa da Petrobras, serão feitas no Brasil, onde a Confab será responsável pelo fornecimento dos tubos, como adiantou o diretor da Petrobras, que explicou ainda que não foi necessária licitação. A outra empresa que ganhará compras será a argentina Techint.
Negando que a Petrobras tenha sido forçada pelo presidente da Argentina, Nestor Kirschner, a investir na ampliação do TGS, o que favorece a produção de gás por outras empresas concorrentes, Cerveró justificou a decisão afirmando que a Petrobras assumiu "compromissos" com o governo daquele país.
Ele referia-se à sequência de investimentos em aquisições que culminaram com a compra da Perez Companc (hoje Petrobras Energía) e levaram a estatal a ocupar o segundo lugar entre as empresas de petróleo da Argentina, logo atrás da espanhola Repsol YPF.
Em uma apresentação sobre a estratégia de internacionalização da Petrobras para executivos do Ibef, Nestor Cerveró afirmou que está analisando a entrada da Petrobras no Uruguai, Paraguai e Chile, únicos países onde não atua, situação que pode mudar com a compra de ativos nesses países. E questionado novamente sobre os recentes boatos de aquisição dos ativos da Shell no Chile, ele disse que não iria comentar.
A Petrobras já está produzindo no exterior 270 mil barris de óleo equivalente (boe), tendo iniciado a produção no México, Estados Unidos e África (Angola, Nigéria e Tanzânia). Em junho a estatal assinou contratos de exploração no Irã com a estatal Nioc - com quem está negociando uma extensão das atividades em águas profundas do Mar Cáspio em sistema que a Petrobras gostaria que fosse de compartilhamento da produção.
Recentemente, a companhia abriu escritório na China onde se associou com a Sinopec, uma das estatais daquele país. O acordo com os chineses é amplo e, segundo o diretor, prevê investimentos conjuntos em atividades de exploração e produção em todo o mundo. Outro acordo comemorado por Cerveró é a obtenção de uma concessão, por parte do governo colombiano, para exploração em bloco de 49 mil quilômetros quadrados onde a Petrobras espera encontrar gás. Nesse bloco a estatal se tornou sócia da ExxonMobil.

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