Brasília

G20: GT sobre Transições Energéticas avança nos debates sobre financiamento e acesso a tecnologias limpas para cozinhar

Coordenado pelo MME, Grupo de Trabalho do G20 reuniu 40 delegações entre países membros, convidados e organizações internacionais, durante dois dias

Redação TN Petróleo/Assessoria MME
17/04/2024 10:59
G20: GT sobre Transições Energéticas avança nos debates sobre financiamento e acesso a tecnologias limpas para cozinhar Imagem: Tauan Alencar/MME Visualizações: 817 (0) (0) (0) (0)

As reuniões presenciais do Grupo de Trabalho (GT) sobre Transições Energéticas do G20 terminaram, nesta terça-feira (16/4), com avanços nas discussões do acesso ao financiamento para a transição energética, principalmente nas economias emergentes. Neste último dia de encontro do GT, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), também houve progresso nas discussões sobre o acesso a tecnologias limpas para cozinhar. 

Dados da Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês) mostram que cerca de 2,3 mil milhões de pessoas de 128 países – quase um terço da população mundial – ainda não têm acesso a uma cocção limpa, especialmente nos continentes africanos. Para a coordenadora do GT de Transições Energéticas e assessora especial do MME, Mariana Espécie, um grande obstáculo para alcançar o acesso universal à cocção limpa é a falta de investimento e financiamento dos setores público e privado. 

“De 2014 a 2017, os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (BMD) comprometeram apenas 1,6% do seu financiamento total de energia em soluções de cocção limpa. Nesse sentido, políticas bem-sucedidas relacionadas ao acesso à cocção limpa, implementadas por alguns os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento, poderiam apresentar oportunidades valiosas para a cooperação Sul-Sul”, destacou a representante do MME.

De acordo com a IEA, são necessários US$ 8 bilhões por ano para alcançar o acesso universal à cocção limpa até 2030. Isso representaria triplicar os valores que são atualmente investidos na causa (US$ 2,5 bilhões) para alcançar o acesso universal em sete anos.  

Para Mariana Espécie, os custos de investimentos podem ser reduzidos e decisões sobre o tema podem ser tomadas de forma mais eficiente, a partir da troca de experiências entre os países, como ocorreu nestes encontros do G20. Segundo ela, conhecimentos sobre as lições aprendidas e os principais desafios são fundamentais para concepção e implementação de políticas efetivas. 

Mariana também destacou que, ao progredir em políticas de acesso à cocção limpa, os países do G20 avançam em seus próprios objetivos, como também apoiam os esforços de outros grupos de trabalho do G20. “Isso inclui iniciativas propostas pela presidência brasileira, no âmbito da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e dos grupos de trabalho de Mobilização Global contra as Alterações Climáticas, bem como interações com o Grupo de Trabalho sobre Finanças Sustentáveis, o Grupo de Trabalho sobre Saúde e o Grupo de Trabalho sobre Empoderamento das Mulheres”, citou. 

No evento, realizado na sede do Serpro, em Brasília (DF), os membros da delegação brasileira sugeriram alguns caminhos que os países do G20 devem seguir para incluir e financiar o acesso universal e melhorado à cocção limpa nas políticas energéticas nacionais. Ao todo, 40 delegações estrangeiras estiveram presentes, entre países membros do G20, nações convidados e organizações internacionais.

O GT de Transições Energéticas do G20 é coordenado pelo MME em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), e tem como objetivo compartilhar informações e promover uma ação política coordenada para acelerar e maximizar os benefícios da transição energética para todo o mundo. O encontro contou com a participação de cerca de 150 delegados de diferentes países em dois dias de intensos debates para avançar com as propostas.

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