A presidente da fundação diz que é preciso ouvir as comunidades.
Valor Econômico
A Fundação Nacional do Índio (Funai) afirmou que está sendo pressionada para liberar as ações de transposição do rio Xingu, no Pará, para evolução das obras da hidrelétrica de Belo Monte.
O 'Valor' teve acesso a uma carta assinada pela presidente da Funai, Marta Maria do Amaral Azevedo. No documento destinado às “lideranças da Terra Indígena Trincheira Bacajá”, Marta afirma que a usina “já está sendo construída e a previsão de fechamento do rio Xingu, no cronograma de obras, é para início de 2013”. Para isso acontecer, é necessário que o mecanismo de transposição seja aprovado pelo Ibama, depois de ser aprovado pela Funai.
“A garantia de que exista uma consulta às comunidades sobre o mecanismo de transposição é uma condição que a Funai está tentando garantir perante o governo federal. Entretanto, devido ao fato de não termos conseguido fazer essas consultas na semana passada e ao próprio cronograma da obra, a Funai está sendo pressionada a se manifestar até semana que vem”, diz Marta em trecho da carta.
A presidente da Funai diz que é preciso ouvir as comunidades indígenas “o mais breve possível” e convida uma série de lideranças para ir até Brasília fazer a discussão. O plano previa que 40 lideranças de aldeias fossem de avião até Brasília na quinta-feira (2). A reunião com a Norte Energia, responsável por Belo Monte, ocorreria nesta sexta-feira (3) e no sábado (4), com retorno para Altamira no dia 5.
No mês passado, índios invadiram os canteiros de obra de Belo Monte, protestando contra a falta de execução de ações condicionantes da obra. O Ministério Público Federal no Pará pediu a paralisação imediata do empreendimento.
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