Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em alta ontem, no maior nível desde outubro de 2008 na New York Mercantile Exchange (Nymex), diante da divulgação de indicadores econômicos positivos e do inverno rigoroso em partes da Europa e dos Estados Unidos.
"Com o tempo frio, teremos uma redução nos estoques de óleo para calefação", disse Brian Milne, analista da consultoria Telvent DTN. Ele acrescentou que a manutenção das refinarias norte-americanas, que geralmente ocorre em janeiro, também deve contribuir para a redução dos estoques de combustíveis.
O contrato do petróleo para fevereiro negociado na Nymex fechou em alta de US$ 2,15, ou 2,7%, para US$ 81,51 por barril - maior preço de fechamento desde 9 de outubro de 2008, quando o barril encerrou a sessão cotado a US$ 86,59. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para fevereiro fechou em alta de US$ 2,19, ou 2,8%, para US$ 80,12 por barril.
Mais cedo, o Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) anunciou que seu índice de atividade industrial dos EUA subiu para 55,9 em dezembro - maior leitura desde abril de 2006 -, de 53,6 em novembro. Índices similares no Reino Unido e na China também avançaram.
De acordo com Antoine Halff, analista do Newedge Group, o retorno dos gerentes de fundos ao mercado de commodities também contribuiu para impulsionar os preços do petróleo.
"No início de janeiro é de se esperar que algum dinheiro dos fundos de investimento retorne ao mercado após a liquidação ocorrida em dezembro", afirmou, acrescentando que ao longo dos próximos dias esse movimento de recursos pode ditar a direção dos preços do petróleo.
A depreciação do dólar ante o euro foi outro fator que favoreceu a valorização do barril. Pouco antes do fechamento do petróleo em Nova York, o índice do dólar, que mede o valor da divisa em relação a uma cesta de seis moedas, recuava para 77,508 pontos, de 77,908 pontos na quinta-feira.