Bruno Cesar Alves
O Porto do Rio de Janeiro recebeu, no dia 24 de janeiro, a FPSO (sigla em inglês para unidade flutuante de produção, estoque e transferência de petróleo) P-70, que vai operar no polo Pré-Sal da Bacia de Campos. A plataforma foi trazida pelo navio semissubmersível Boka Vanguard, que ancorou em uma das áreas de fundeio na Baía de Guanabara, onde será descarregada. A complexa operação de fundeio mobilizou profissionais da Companhia Docas do Rio de Janeiro, da Marinha do Brasil e da Praticagem do Rio de Janeiro.
O gerente de Acesso Aquaviário do Porto do Rio de Janeiro, Roque Pizarroso, ressaltou que "uma manobra desse porte é muito técnica e requer bastante expertise dos profissionais envolvidos". Isto porque o navio é extremamente pesado, carregando a plataforma de 78 mil toneladas, milimetricamente acomodadas na embarcação.
De acordo com Pizarroso, "a operação de fundeio foi um sucesso, mas a manobra mais importante e delicada ocorrerá nesta quinta-feira, dia 30, quando o navio Boka Vanguard submergirá para a descarga da plataforma P-70 (Float-Off), que ao ser descarregada seguirá para uma outra área de fundeio, onde permanecerá por aproximadamente 30 dias". Segundo ele, durante esse período, serão realizadas, entre outras ações, o seu comissionamento, a nacionalização da estrutura e os preparativos para prosseguimento da viagem com destino ao Projeto Atapu 1 (Pré-Sal) da Bacia de Santos.
Sobre a escolha do local de descarregamento da plataforma, o gerente explicou que "a Baía de Guanabara tem águas abrigadas, que atendem perfeitamente a todos os requisitos técnicos de profundidade, ventos e correntes necessários à operação".
Saiba mais sobre a P-70
A P-70 faz parte da série de plataformas replicantes, que atualmente respondem por parte da produção no pré-sal, com a operação já iniciada nas unidades P-66, P-67, P-68 e P-69. Construída na China, a plataforma tem capacidade para produzir 150 mil barris de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
O transporte da P-70 foi realizado pela modalidade chamada de dry tow (reboque seco), o que significa que em vez de ser conduzida por rebocadores oceânicos, a unidade é embarcada em um semi-submersible heavy lift ship (navio semissubmersível para transporte de carga pesada).
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