Eletricidade

Fortaleza já possui 16 adeptos da microgeração de energia

E mais 11 cujos projetos estão sendo avaliados.

Diário do Nordeste
03/04/2014 13:10
Visualizações: 264 (0) (0) (0) (0)

Pioneiro na geração de energia elétrica a partir dos ventos e também do Sol, o Ceará passa, atualmente, por uma nova fase em relação à energia renovável ao possuir 16 consumidores que optaram por gerar a própria eletricidade conectados à rede elétrica estadual - e mais 11 cujos os projetos estão sendo avaliados -, de acordo com o último cálculo da Companhia Energética do Ceará (Coelce) para os projetos de micro e mini geração no estado. A geração da própria eletricidade, em tempos de falta de chuva e de apagões Brasil a fora parece sonho, mas é realidade e faz parte da resolução 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que regulamenta as conexões ao Operador Nacional do Sistema - o órgão responsável por distribuir a energia gerada em todo o país.

Sem imunidade aos apagões

No entanto, ter um sistema interligado de placas solares ou de aerogeradores - que parece o ideal, principalmente, em uma terra onde as duas matérias primas são abundantes - não garante estar imune aos apagões que tanto tem atormentado comerciantes, industriais e, mais intensamente, os consumidores comuns nos últimos anos.

Isso acontece porque, segundo explica a gerente comercial e de Marketing da Kwara, Flávia Albuquerque, as regras da resolução estabelecem que o circuito das residências ou negócios estejam ligados à rede da concessionária - no caso do Ceará, a Coelce - e quando ocorre pane ou queda no fornecimento é necessário que a mini ou micro-geração também seja desligada.

"É uma questão de segurança, pois quando o técnico vier consertar o defeito, ele corre risco se algum sistema estiver energizado", justifica. Apesar de não prover o abastecimento em tempo integral, ela garante que "a qualidade da energia consumida é superior, pois há menos oscilação e, consequentemente, menos queima de equipamentos".

Cenário promissor

Responsável pelas primeiras investidas em mini e microgeração de energia elétrica a base de fontes renováveis, o engenheiro e proprietário da GramEolic, Fernando Ximenes, conta que, ao longo de 20 anos, desenvolveu projetos tanto para a iniciativa privada quanto para consumidores comuns.

"Dentre os projetos que desenvolvi está o do Hospital da Mulher - placas solares - e as potências instaladas variam entre 2 kw (quilowat) até 34kw (quilowat)", conta Ximenes. Nos últimos dois anos, depois de criada a resolução 482 da Aneel, porém, mais empresas voltadas à mini e micro-geração de energia surgiram no mercado brasileiro e, no Ceará, algumas montaram sede, como a Kwara. Localizada no Barroso, a empresa é especializada em geração solar e já conta com dois projetos conectados à rede da Coelce e outros tantos em análise comercial. Ao todo, são 12 kits (combinações de placas e circuitos para a geração de energia) comercializados pela Kwara, com os quais a empresa já realizou 22 projetos em diversos estados do País, "dentre eles Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná".

Falta informação

Mas todo esse trabalho ainda é pouco para a gerente comercial e de Marketing. Flávia considera que a falta de informação sobre este tipo de serviço pelo grande público alvo ainda é o grande entrave para o desenvolvimento do setor no Ceará e no Brasil como um todo. "Ainda é uma coisa nova, as pessoas ainda não sabem como funciona e os valores também ainda são muito altos", aponta.

Falando em valor, outro fator de suma importância e que não se desenvolveu, na opinião dela, é o financiamento para as empresas investirem em projetos de geração a partir de energia renovável. "Tudo ainda é financeiramente indeterminado e demorado, mesmo já tendo algumas linhas de fomento que abrangem a energia renovável", lamenta.

A falta de instituições de fomento impediriam tanto os projetos como os de Ximenes, cujos só a visita técnica custam de R$ 1 mil a R$ 5 mil, quanto os da kwara, onde o quilowat pico chega a R$ 10, fossem viabilizados por consumidores comuns.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Resultado
PPSA arrecada R$ 10,32 bilhões em 2024
10/01/25
Certificação
Copel conquista certificado de empresa sustentável na B3
10/01/25
PD&I
Ocyan e Senai Cimatec assinam termo de cooperação para p...
10/01/25
Etanol
IBP reforça que subsídios para gasolina e diesel de únic...
09/01/25
Firjan
Indústria brasileira tem crescimento limitado em 2024 e ...
08/01/25
Destaque
Subsea7 é reconhecida pelo melhor projeto de pesquisa e ...
08/01/25
Acordo
Porto do Açu e Yamna anunciam acordo de reserva de área ...
07/01/25
Investimentos
Setor elétrico brasileiro irá receber R$ 7,6 bilhões nos...
07/01/25
RenovaBio
ANP divulga comprovação das metas individuais de 2024 po...
07/01/25
Startups
NAVE: ANP altera cronograma devido ao grande número de i...
07/01/25
Empreendedorismo
Shell Iniciativa Jovem anuncia abertura de inscrições e ...
07/01/25
PD&I
Embrapii bate recorde de projetos e financia R$ 1 bilhão...
07/01/25
Petrobras
Chamada de Propostas para aquisição de biometano é lança...
07/01/25
Energia Elétrica
Consumo de energia no país deverá aumentar 3,6% em janei...
06/01/25
Gás Natural
ANP autoriza interconexão de gasodutos da NTS e da TAG e...
06/01/25
Internacional
API se opõe a mais restrições ao desenvolvimento de petr...
06/01/25
Etanol
Anidro volta a subir e hidratado registra a 3ª alta segu...
06/01/25
Gás Natural
Bravo Serviços Logísticos expande frota com caminhões su...
06/01/25
Seminário
Firjan: em 2025, estado do Rio continuará líder em produ...
03/01/25
Gás Natural
Entidades defendem retirada de gás processado e biometan...
03/01/25
Combustíveis
Etanol sobe 18,61% e gasolina 9,39% no acumulado de 2024
03/01/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.