Gás

Fornecimento de GNL divide especialistas

Jornal do Commercio
07/10/2009 10:04
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O fornecimento de Gás Natural Liquefeito (GNL) em 2015 pode ser prejudicado por causa do adiamento de novas unidades projetadas, segundo a avaliação do presidente executivo da Qatargas – uma das duas principais companhias com controle estatal do Qatar, que produz GNL – Faisal Al-Suwaidi. Durante a Conferência Mundial de Gás, que se realiza em Buenos Aires até a sexta-feira, o executivo disse que os países consumidores desse combustível precisam se preparar para o fornecimento restrito dentro de alguns anos.

“Há menos projetos novos”, alertou, afirmando que a indústria global tem que evitar os erros do passado e continuar investindo em nova capacidade para cobrir a demanda de longo prazo. A exposição de Al-Suwaidi contradiz o CEO da espanhola Repsol-YPF, Antonio Brufau, que sinalizou para um excesso da oferta até 2013. “Esse excesso poderia levar as companhias petrolíferas a limitar deliberadamente essa oferta para equilibrar os preços”, disse Brufau.

Al- Suwaidi se mostrou cético à esse cenário. “Eu duvido que isso vai ocorrer”, afirmou. Ele explicou que a demanda crescente da Índia e China contrabalançou a retração dos grandes importadores tradicionais, como Japão e Coreia do Sul, durante 2009. “Isso ajudou a equilibrar o mercado”, afirmou. “Enquanto os preços do GNL, no curto prazo, têm sido pressionados pela queda da demanda, no longo prazo vão se recuperar”.

O executivo da Qatargas disse que a questão do preço do gás não pode afastar o investidor no dia-a-dia. “O meu ponto de vista é que este negócio é para longo prazo, de modo que os preços vão subir e vão baixar, e ninguém que está nesse negócio deve olhar a tela da cotação do dia, porque nos próximos 40 anos os preços vão flutuar e temos que aceitar isso”, se resignou.

Brufau, por sua vez, reconheceu que o mercado de gás é “complexo e incerto”. “Temos que ter presente o custo relativo do desenvolvimento tecnológico e é preciso estar muito atento aos preços”, destacou. Neste sentido, ressaltou que “a divisão está crescendo entre o preço do gás natural e dos contratos a futuro do petróleo”.

Brufau disse ainda que o consumo de gás será estável até 2013, impulsionado especialmente pelos países emergentes como China e Índia. Al-Suwaidi coincidiu com o titular da Repsol sobre a demanda crescente de gás por parte destes dois países e nenhum dos dois mencionou o Brasil como determinante no aumento do consumo.

Brufau e Al-Suwaidi opinaram que os combustíveis derivados do petróleo já não competem com o gás pela geração de eletricidade, mas sim o carvão e as energias alternativas.
 
RECURSOS HUMANOS. Al-Suwaidi ressaltou que um dos problemas que a indústria de gás vai ter nos próximos anos diz respeito à falta de recursos humanos. “Os melhores talentos estão perto da aposentadoria; as empresas estão cortando gastos; os jovens que tomam decisões sobre seu futuro, o fazem com base no que ocorre hoje, e eles podem não decidir estudar o que precisamos para a nossa indústria”, explicou.
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