<P>Os fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que atuam no Porto de Santos estão trabalhando sob o regime de operação-padrão. Ontem, eles decidiram não acatar a decisão do comando estadual do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Reguladoras (Sinagências), de...
A Tribuna - SPOs fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que atuam no Porto de Santos estão trabalhando sob o regime de operação-padrão. Ontem, eles decidiram não acatar a decisão do comando estadual do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Reguladoras (Sinagências), de retomar a greve da categoria por tempo indeterminado.
Uma nova reunião foi agendada hoje entre representantes dos agentes de Santos e do comando nacional do movimento. Desse encontro poderá sair uma nova decisão sobre o ritmo de trabalho no posto da Anvisa que atende o cais, informou a representante do Sinagências em Santos e integrante do comando de greve local, Sueli Dias Pereira.
As operações em portos e aeroportos dependem essencialmente da atuação dos agentes sanitários, que realizam inspeções para verificação de possíveis contaminações entre os tripulantes. Estes profissionais são responsáveis também por fiscalizar a qualidade dos produtos perecíveis e farmacêuticos importados que chegam ao complexo portuário. Eles ainda emitem a livre prática, documento que permite a atracação dos navios nos portos.
Os reflexos da operação-padrão - em que todos os funcionários voltam ao trabalho, mas sem o cumprimento normal da demanda de trabalho - só serão sentidos a partir de segunda-feira, segundo o vice-presidente do Sindicato das Agências Marítimas do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque. Até o momento, disse ele, as agências não enfrentam problemas com a emissão da livre prática dos seus navios no complexo portuário santista.
Roque afirmou que pretende utilizar uma liminar concedida pelaJustiça durante o primeiro tempo da paralisação, há menos de um mês, para liberação das cargas e dos navios das 57 associadas ao órgão. Mesmo dessa forma, ele contabilizou prejuízo de US$ 15 milhões nos 12 dias da greve, que havia sido suspensa para negociação com o Governo Federal no último dia 11.
Os terminais marítimos também trabalham, até agora, alheios ao que acontece na fiscalização sanitária. Contudo, o diretor-executivo do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), José dos Santos Martins, manifestou a preocupação dos terminais com essa situação recorrente. Ele afirmou que a categoria espera que o Governo Federal tome as medidas cabíveis, porque um movimento como esse provoca prejuízos irreparáveis para os usuários do Porto de Santos e para a economia nacional.
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