O Índice Firjan de Produção Exportada (IFPE), que mede a proporção de exportações sobre o total da produção da indústria de transformação, apontou que o estado do Rio de Janeiro atingiu patamar de 14,6% em 2011. Em comparação com os quatro estados analisados pelo indicador (São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais), o Rio foi o que apresentou maior aumento de sua parcela na produção industrial brasileira destinada ao exterior, com 5,7 pontos percentuais a mais do que o registrado em 2010 (8,9%). Na indústria fluminense, no ano passado, enquanto a produção avançou 2,9%, as exportações cresceram 69,3%.
O IFPE é calculado a partir dos volumes na produção da indústria de transformação e nas vendas para o exterior, sem considerar variações de preços e comércio de produtos básicos, como minério de ferro, soja e petróleo. O principal objetivo do indicador é destacar a inserção da Indústria de Transformação no cenário internacional.
A indústria de Metalurgia atingiu recorde no IFPE-RJ em 2011, com quase 25% da produção estadual absorvida pelo mercado internacional. As exportações no setor cresceram de forma significativa: 476%, impulsionadas pelas vendas de semimanufaturados de ferro e aço, provenientes do novo complexo siderúrgico instalado na capital fluminense, fator crucial para o crescimento do desempenho estadual e brasileiro do indicador.
A indústria química também incrementou suas exportações, estimulada pela venda de plásticos, contabilizando 22,1% de sua produção destinada ao mercado internacional. Registraram recuo no IFPE-RJ os segmentos de refino de petróleo e higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, justificado pela retração das exportações de gasolina e produtos de cabelo, respectivamente.
IFPE apresentou crescimento no cenário nacional, atingindo patamar de 22%
O IFPE-Brasil também registrou alta em 2011. O índice atingiu 22%, revertendo o quadro de queda do ano anterior, quando desceu a 21,6%, menor nível desde 2002.
Impulsionado pelo novo complexo siderúrgico fluminense, o setor de Metalurgia foi um dos principais responsáveis pelo avanço do índice, com 33,8% de sua produção absorvida pelo mercado internacional.
Destaque também para o crescimento em máquinas e equipamentos (21,1%) e veículos automotores (17,4%), estimulado pelo incremento nas vendas de tratores e automóveis. Chamou atenção ainda o desempenho da indústria de Artefatos de couros, com 69,1% de sua produção voltada ao mercado externo, além do avanço da indústria química. O setor atingiu em 2011 seu maior IFPE desde 1996, com 17,6% de sua produção vendida para fora do país.
O crescimento revela que o setor industrial brasileiro buscou oportunidades no exterior em um ano de arrefecimento da economia nacional, em que o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não acompanhou a média mundial. Enquanto o PIB do Brasil avançou 2,9%, o de outros países cresceu, em média, 3,8% no ano passado, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional.