Agência Indusnet Fiesp/Redação
Na passagem de fevereiro para março as expectativas para os próximos 6 meses em relação à exportação por parte da pequena indústria paulista avançaram 7,1 pontos. Com a recuperação, o indicador chegou a 50 pontos, o que mostra que o pequeno industrial está menos assustado com as oscilações no câmbio. A análise é do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria da Fiesp (Dempi), responsável pelo levantamento. A Sondagem das Pequenas e Médias Indústrias do Estado de São Paulo indica também melhora nas expectativas para os próximos 6 meses em relação à demanda por produtos, ao número de empregados, à compra de matéria-prima e aos investimentos.
Houve melhora ainda no volume de produção, que avançou 1,0 ponto em março, para 39,1 pontos, mas a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) se manteve em 54%.
A evolução do número de empregados da empresa recuou 0,3 ponto, para 38,5 pontos, abaixo da estabilidade (50 pontos) e 5,9 pontos inferior à média histórica. O nível de estoques de produtos finais, recuou 2,4 pontos, para 47,6 pontos.
Situação financeira
O índice de satisfação com a situação financeira avançou 2,2 pontos, passando para 32,8 pontos em março, mas ainda longe da estabilidade (50 pontos). O último dado positivo ocorreu no quarto trimestre de 2011, quando o indicador de satisfação financeira alcançou 50,2 pontos.
O indicador de acesso ao crédito avançou 1,6 ponto em março, para 25,0 pontos. Apesar da melhora, o indicador está 25 pontos longe da estabilidade, indicando que os empresários das pequenas indústrias estão com muita dificuldade ou já não conseguem o crédito desejável.
O índice de satisfação com a margem de lucro operacional registrou no primeiro trimestre de 2016 um recuo de 1,3 ponto, passando para 25,8 pontos em março, indicando debilidade. Esse resultado é o segundo pior já registrado pelo índice, acima apenas dos 25,0 pontos do último trimestre de 2014 e do segundo trimestre de 2015.
Produção instável na média indústria
O volume de produção da média indústria de São Paulo avançou 0,3 ponto em março, para 42,6 pontos. O indicador está 3,4 pontos distante da média histórica (46,0 pontos) e 7,4 pontos abaixo da estabilidade. A instabilidade tem predominado nos últimos meses, e não há boas perspectivas para os empresários.
O índice de satisfação com a situação financeira recuou para 35,1 pontos em março (queda de 0,7 ponto), indicando piora, e segue longe da estabilidade (50 pontos). O último dado positivo ocorreu no terceiro trimestre de 2011 (50,9 pontos).
As expectativas para os próximos seis meses não se alteraram na passagem de fevereiro para março, com todo os indicadores abaixo dos 50 pontos, exceto o de perspectiva de exportação, que recuou para 55,4 pontos, o que demonstra ainda a existência de boas perspectivas para exportar.
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