Negócios

Fibria escolhe Aracruz para produzir óleo combustível

Empresa investirá US$ 2,5 bilhões na unidade que utilizará biomassa.

Valor Econômico
03/10/2013 15:06
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Em um importante passo rumo à diversificação dos negócios, a Fibria, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, escolheu o município de Aracruz (ES) para erguer a primeira unidade fabril de sua joint venture com a americana Ensyn Corporation, voltada à produção de óleo combustível a partir de biomassa. Ao mesmo tempo, a companhia tem tudo pronto para definir, no próximo ano, a expansão da fábrica de celulose de Três Lagoas (MS), com investimento não superior a US$ 2,5 bilhões.
Em entrevista ao 'Valor', o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, disse que a proposta de construção da unidade de biocombustível, em 2014, deve ser levada ao conselho de administração até o fim do ano. "Já escolhemos Aracruz [onde a companhia produz celulose] como unidade potencial, mas trabalhamos com mais de uma opção de tamanho. E é isso que vai definir o valor do investimento", afirmou o executivo, que participou ontem de encontro com investidores e analistas na fábrica sul-mato-grossense. Em sua segunda edição, o "Investor Tour" da Fibria reuniu 100 visitantes.
Em análise pela companhia, há projetos com dimensões que variam de 150 toneladas por dia de biomassa consumida a 400 toneladas diárias. A parceria entre a Fibria e a Ensyn, cujo produto substitui o petróleo para aquecimento industrial e pode ser usado como combustível de transporte e geração de energia, foi anunciada no fim do ano passado. Com investimento de US$ 20 milhões, a brasileira comprou 6% do capital da produtora de biocombustível e acertou a constituição da joint venture no país.
Ainda como parte da estratégia de diversificação, a Fibria poderá reduzir sua participação no Portocel, terminal portuário localizado em Barra do Riacho (ES) e por onde passa 70% da celulose exportada pela indústria brasileira, a partir da execução do projeto de duplicação do porto. Hoje, a companhia é dona de 51% do terminal portuário e a Cenibra detém os outros 49%. "A ideia é permanecer no capital do Portocel, mas a participação [final] não está definida", afirmou Castelli.
A provável diluição da Fibria no capital da Portocel se deve à potencial entrada de novos sócios no empreendimento. "Pode haver diluição ou um outro arranjo societário", disse o executivo. Fibria e Cenibra estão conversando com potenciais parceiros, e o plano de logística do projeto de expansão já foi definido. Após a duplicação, o terminal deverá ser aberto a outros tipos de carga, e não apenas a celulose. "O ambiente de negócios vai ficar mais claro até o fim do ano", avaliou Castelli. "As conversas sobre a expansão são muito positivas com o governo", acrescentou.
O projeto original de expansão do Portocel prevê implantação do quarto berço de atracação - hoje são três, com capacidade anual para 6 milhões de toneladas - e novo terminal com quatro berços, com capacidade anual para 8 milhões de toneladas. O investimento é estimado em R$ 480 milhões.
Sobre os planos de expansão em celulose, Castelli afirmou que a segunda linha de produção que a Fibria pretende instalar em Três Lagoas terá capacidade inicial para 1,75 milhão de toneladas por ano. Após a implantação, com a execução de investimentos marginais, essa capacidade poderá alcançar 2 milhões de toneladas anuais.
"A Fibria ainda prefere a via da consolidação da indústria [para crescer], mas isso não depende só da empresa", ponderou Castelli. Tendo em vista a capacidade inicial, o investimento estimado no projeto de ampliação deve ficar abaixo de US$ 2,5 bilhões. "Por se tratar de um projeto de expansão, e não de fábrica nova, o investimento é relativamente inferior".
A decisão sobre a execução do projeto será tomada entre o fim do terceiro trimestre de 2014 e o início do quarto trimestre, com encaminhamento dos primeiros pedidos às fabricantes de equipamentos nos últimos meses do ano que vem. O início de operação ocorreria em 2016.
Com a instalação da segunda linha, a produção de celulose da Fibria em Três Lagoas deverá superar 3 milhões de toneladas por ano. Hoje, a capacidade instalada total da companhia é de 5,3 milhões de toneladas anuais.

Em um importante passo rumo à diversificação dos negócios, a Fibria, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, escolheu o município de Aracruz (ES) para erguer a primeira unidade fabril de sua joint venture com a americana Ensyn Corporation, voltada à produção de óleo combustível a partir de biomassa. Ao mesmo tempo, a companhia tem tudo pronto para definir, no próximo ano, a expansão da fábrica de celulose de Três Lagoas (MS), com investimento não superior a US$ 2,5 bilhões.


Em entrevista ao 'Valor', o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, disse que a proposta de construção da unidade de biocombustível, em 2014, deve ser levada ao conselho de administração até o fim do ano. "Já escolhemos Aracruz [onde a companhia produz celulose] como unidade potencial, mas trabalhamos com mais de uma opção de tamanho. E é isso que vai definir o valor do investimento", afirmou o executivo, que participou ontem de encontro com investidores e analistas na fábrica sul-mato-grossense. Em sua segunda edição, o "Investor Tour" da Fibria reuniu 100 visitantes.


Em análise pela companhia, há projetos com dimensões que variam de 150 toneladas por dia de biomassa consumida a 400 toneladas diárias. A parceria entre a Fibria e a Ensyn, cujo produto substitui o petróleo para aquecimento industrial e pode ser usado como combustível de transporte e geração de energia, foi anunciada no fim do ano passado. Com investimento de US$ 20 milhões, a brasileira comprou 6% do capital da produtora de biocombustível e acertou a constituição da joint venture no país.


Ainda como parte da estratégia de diversificação, a Fibria poderá reduzir sua participação no Portocel, terminal portuário localizado em Barra do Riacho (ES) e por onde passa 70% da celulose exportada pela indústria brasileira, a partir da execução do projeto de duplicação do porto. Hoje, a companhia é dona de 51% do terminal portuário e a Cenibra detém os outros 49%. "A ideia é permanecer no capital do Portocel, mas a participação [final] não está definida", afirmou Castelli.


A provável diluição da Fibria no capital da Portocel se deve à potencial entrada de novos sócios no empreendimento. "Pode haver diluição ou um outro arranjo societário", disse o executivo. Fibria e Cenibra estão conversando com potenciais parceiros, e o plano de logística do projeto de expansão já foi definido. Após a duplicação, o terminal deverá ser aberto a outros tipos de carga, e não apenas a celulose. "O ambiente de negócios vai ficar mais claro até o fim do ano", avaliou Castelli. "As conversas sobre a expansão são muito positivas com o governo", acrescentou.


O projeto original de expansão do Portocel prevê implantação do quarto berço de atracação - hoje são três, com capacidade anual para 6 milhões de toneladas - e novo terminal com quatro berços, com capacidade anual para 8 milhões de toneladas. O investimento é estimado em R$ 480 milhões.


Sobre os planos de expansão em celulose, Castelli afirmou que a segunda linha de produção que a Fibria pretende instalar em Três Lagoas terá capacidade inicial para 1,75 milhão de toneladas por ano. Após a implantação, com a execução de investimentos marginais, essa capacidade poderá alcançar 2 milhões de toneladas anuais.


"A Fibria ainda prefere a via da consolidação da indústria [para crescer], mas isso não depende só da empresa", ponderou Castelli. Tendo em vista a capacidade inicial, o investimento estimado no projeto de ampliação deve ficar abaixo de US$ 2,5 bilhões. "Por se tratar de um projeto de expansão, e não de fábrica nova, o investimento é relativamente inferior".


A decisão sobre a execução do projeto será tomada entre o fim do terceiro trimestre de 2014 e o início do quarto trimestre, com encaminhamento dos primeiros pedidos às fabricantes de equipamentos nos últimos meses do ano que vem. O início de operação ocorreria em 2016.


Com a instalação da segunda linha, a produção de celulose da Fibria em Três Lagoas deverá superar 3 milhões de toneladas por ano. Hoje, a capacidade instalada total da companhia é de 5,3 milhões de toneladas anuais.

 

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