<P>Equilibrar a matriz de transporte, intensificar a prática da multimodalidade, garantir o uso múltiplo das águas e investir na infra-estrutura hidroviária. Para o diretor-geral da ANTAQ, Fernando Fialho, esses são os desafios do setor aquaviário. </P><P>Fialho citou os desafios durante a pal...
AssessoriaEquilibrar a matriz de transporte, intensificar a prática da multimodalidade, garantir o uso múltiplo das águas e investir na infra-estrutura hidroviária. Para o diretor-geral da ANTAQ, Fernando Fialho, esses são os desafios do setor aquaviário.
Fialho citou os desafios durante a palestra que proferiu na 7ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Transportes (Consetrans), que aconteceu no dia 15, em São Luís. Para o diretor-geral, o setor aquaviário pode dar uma importante contribuição para o desenvovlvimento do país. “A hidrovia tem de ser vista como fomento de produção, como alternativa para o desenvolvimento da economia do país”, defendeu.
O diretor-geral ressaltou que o atual momento brasileiro é propício para se investir em hidrovia. Isso porque o país passa por um crescimento econômico. “Além disso, a corrente do comércio brasileiro saltou de US$ 114 bilhões, em 1997, para US$ 280 bilhões, em 2007. Por isso é que é preciso investir em infra-estrutura hidroviária para escoar a produção”, informou.
Fialho lembrou também que a produção agrícola do Brasil tem crescido, sem crescer, na mesma proporção, a área plantada. Isso indica uma melhoria da eficiência de aproveitamento das terras. “O estado do Mato Grosso teve uma safra de 22 milhões de toneladas em 2007. Em 2014, a projeção é que esse número chegue a 40 milhões. Para atender a produção e poder escoá-la, há a necessidade de se investir na multimodalidade, ligando ferrovias, hidrovias, rodovias.”
Fiscalização
Fialho frisou que a ANTAQ tem procurado atuar fortemente na fiscalização dos serviços de navegação interior. Informou que, atualmente, o setor tem 93 empresas autorizadas. “As empresas regularizadas podem oferecer um serviço de qualidade para a sociedade. Por isso, estamos focando na fiscalização, para que os serviços oferecidos por essas empresas sejam realizados com segurança.”
O diretor-geral destacou ainda que “não se pode fazer novos investimentos no setor hidrelétrico em detrimento do transporte hidroviário. É preciso manter o rio navegável. Portanto, quando se construir uma hidrelétrica, tem de ser construída a eclusa. Isso permite o uso múltiplo das águas.”
Com mais rios navegáveis, Fialho disse que o país pode reduzir seu custo logístico, já que transportar carga por hidrovias é mais barato do que pelas rodovias. “Além disso, investindo nas hidrovias, é possível emitir no meio ambiente 90% menos de dióxido de carbono em relação ao transporte rodoviário e, também, como os rios precisam das nascentes e de matas ciliares, a hidrovia é mitigação ambiental”, concluiu.
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