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Ainda na área de negócios aconteceu o inédito acordo celebrado entre o Estaleiro CBO-Aliança e o Banco do Brasil no valor inicial de R$ 12 milhões, inaugurando participação do banco oficial no financiamento de empreendimentos no setor naval.
Pequenos e médios fornecedores que participaram da Rodada de Negócios também saíram satisfeitos da Niterói Fenashore. O volume de negócios que podem ser fechados a partir das reuniões com grandes compradoras do setor chega a R$ 89,2 milhões nos próximos meses. O resultado é 15% superior ao alcançado na primeira edição da Fenashore, há dois anos, quando a expectativa de negócios gerada foi de R$ 76 milhões.
Organizada pela Onip e o Sebrae/RJ nos dias 25 e 26, a Rodada reuniu 200 pequenas e médias empresas do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Pernambuco, Bahia, Paraná e Santa Catarina, além da argentina Giron. Foram agendadas 612 reuniões com as 13 empresas-âncora participantes (Petrobras, Techlabor, Mauá-Jurong, Shell, Transpetro, Mac Laren Oil, Acergy, Consórcio PCP Engevix, Nuclep, Maersk, Estaleiro Navship, Estaleiro Aliança e Ultratec). A lista de demandas das âncoras foi de mais de 600 itens.
BNDES deve aportar recursos na indústria naval
O Fundo de Marinha Mercante (FMM) liberou, apenas este ano, mais de R$ 1 bilhão para a indústria naval, quase o dobro do montante destinado para obras navais no ano passado. Os dados foram apresentados no último dia do evento, pelo secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que participou da palestra Visão atual e perspectivas do Programa de Modernização e Expansão da Marinha Mercante Brasileira, na Niterói Fenashore.
Além dos recursos do FMM, o governo federal trabalha com a perspectiva de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também vá aportar recursos suplementares, para sustentar o crescimento da construção naval, disse Passos.
Em 2007, já foram entregues nove embarcações de apoio marítimo, no valor de R$ 425,4 milhões, e contratados 19 petroleiros, totalizando R$ 3,7 bilhões. Estão em análise operações para a construção de mais 14 embarcações de apoio marítimo, que somam R$ 904 milhões, e de seis rebocadores, orçados em R$ 65 milhões.
Passos admitiu que existe a preocupação em relação à possível falta de profissionais treinados (oficiais, tripulantes e técnicos) para atender a demanda crescente. É um desafio prover essa mão-de-obra. Mas estes são problemas que nos animam. Significam que saímos de uma condição de crescimento vegetativo, e é sempre bom ver o país e a indústria naval crescendo, afirmou.