Opinião

Falta de isonomia da distribuição das quotas de energia velha desfavorece o crescimento da indústria brasileira

Afirmação é Regina Pimentel, da Trade Energy.

Redação/ Ascom Trade Energy
18/07/2013 17:20
Visualizações: 213 (0) (0) (0) (0)

 

A energia proveniente das concessões renovadas, que correspondem a 12 mil MW de capacidade instalada, foi destinada pela MP 579, convertida na Lei 12.783 apenas ao mercado cativo. "Esqueceram que o desempenho da indústria é indispensável para a recuperação dos índices de crescimento econômico do Brasil", afirma Regina Pimentel, assessora de gestão de risco na Trade Energy, comercializadora independente de energia. Uma forma de distribuição poderia ser, por exemplo, rateio igualitário entre os dois segmentos, nos moldes em que é feita a distribuição da energia (esta bastante mais cara) do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).
Ainda segundo a executiva, as associações do setor que representam tanto consumidores quanto comercializadoras avaliam a possibilidade de judicialização para reverter à desigualdade provocada pela Medida Provisória 579. Isso repetiria a sequência de liminares das quais foi objeto a Resolução CNPE 03, que altera a forma de custeio da geração térmica por segurança energética (ESS-SE).
"O viés não isonômico fica ainda mais evidente quando analisamos a destinação da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), encargo bancado por todos os consumidores, apenas para eliminar o risco financeiro dos agentes de distribuição que tiveram que fazer face a montantes bilionários de desembolso com geração térmica desde o ano passado. Ao consumidor livre, que é responsável pelo rateio deste custo mensalmente, nenhum aporte foi concedido", declara Regina.
O mercado livre hoje 
A Lei 12.783 estabeleceu condições para renovação de concessões, entre outras, de geração hidrelétrica. A energia proveniente dos empreendimentos com concessão renovada foi destinada, pela lei, exclusivamente para consumidores cativos. "Este fato choca-se frontalmente com o objetivo declarado pelo governo para a proposição da MP: o incentivo ao crescimento da economia brasileira", revela Regina.
O parque gerador brasileiro conta com mais de 80 mil MW de capacidade instalada em hidrelétricas, operando com 65% da potência total e, efetivamente, atende mais de 80% dos requisitos nacionais, sendo constituído em grande parte por usinas construídas ainda no modelo setorial vigente até a década de 1990. A construção dessas usinas foi custeada pela tarifa paga por todos os consumidores brasileiros. "Se hoje, com a renovação das concessões, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode fixar para muitas delas um preço muito baixo, é porque esses investimentos foram amortizados por todos os consumidores brasileiros", enfatiza a executiva.
O mercado livre hoje representa quase 30% da demanda nacional, e é responsável por 55% do PIB brasileiro. "Esse crescimento foi impulsionado pelos ganhos que o consumidor livre aufere com a sua opção. E esses ganhos são um produto direto da competição capilarizada pela comercialização de energia entre geradores, comercializadores propriamente ditos e consumidores finais", finaliza Regina Pimentel.

A energia proveniente das concessões renovadas, que correspondem a 12 mil MW de capacidade instalada, foi destinada pela MP 579, convertida na Lei 12.783 apenas ao mercado cativo. "Esqueceram que o desempenho da indústria é indispensável para a recuperação dos índices de crescimento econômico do Brasil", afirma Regina Pimentel, assessora de gestão de risco na Trade Energy, comercializadora independente de energia. Uma forma de distribuição poderia ser, por exemplo, rateio igualitário entre os dois segmentos, nos moldes em que é feita a distribuição da energia (esta bastante mais cara) do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).


Ainda segundo a executiva, as associações do setor que representam tanto consumidores quanto comercializadoras avaliam a possibilidade de judicialização para reverter à desigualdade provocada pela Medida Provisória 579. Isso repetiria a sequência de liminares das quais foi objeto a Resolução CNPE 03, que altera a forma de custeio da geração térmica por segurança energética (ESS-SE).


"O viés não isonômico fica ainda mais evidente quando analisamos a destinação da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), encargo bancado por todos os consumidores, apenas para eliminar o risco financeiro dos agentes de distribuição que tiveram que fazer face a montantes bilionários de desembolso com geração térmica desde o ano passado. Ao consumidor livre, que é responsável pelo rateio deste custo mensalmente, nenhum aporte foi concedido", declara Regina.


O mercado livre hoje 


A Lei 12.783 estabeleceu condições para renovação de concessões, entre outras, de geração hidrelétrica. A energia proveniente dos empreendimentos com concessão renovada foi destinada, pela lei, exclusivamente para consumidores cativos. "Este fato choca-se frontalmente com o objetivo declarado pelo governo para a proposição da MP: o incentivo ao crescimento da economia brasileira", revela Regina.


O parque gerador brasileiro conta com mais de 80 mil MW de capacidade instalada em hidrelétricas, operando com 65% da potência total e, efetivamente, atende mais de 80% dos requisitos nacionais, sendo constituído em grande parte por usinas construídas ainda no modelo setorial vigente até a década de 1990. A construção dessas usinas foi custeada pela tarifa paga por todos os consumidores brasileiros. "Se hoje, com a renovação das concessões, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode fixar para muitas delas um preço muito baixo, é porque esses investimentos foram amortizados por todos os consumidores brasileiros", enfatiza a executiva.


O mercado livre hoje representa quase 30% da demanda nacional, e é responsável por 55% do PIB brasileiro. "Esse crescimento foi impulsionado pelos ganhos que o consumidor livre aufere com a sua opção. E esses ganhos são um produto direto da competição capilarizada pela comercialização de energia entre geradores, comercializadores propriamente ditos e consumidores finais", finaliza Regina Pimentel.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Internacional
Na COP 29, MME debate a importância de ampliar investime...
13/11/24
Resultado
Eneva registra fluxo de caixa operacional recorde de R$ ...
13/11/24
PPSA
Produção de petróleo da União atinge 99 mil bpd em setembro
13/11/24
Biometano
Biometano na rede de gás natural busca impulsionar econo...
13/11/24
Logística
Omni Taxi Aéreo operará o primeiro Airbus H160 no setor ...
12/11/24
Etanol
Moagem de cana em Minas Gerais atinge 73,8 milhões de to...
12/11/24
Gás Natural
Origem Energia assina seu primeiro contrato no mercado l...
12/11/24
Gás Natural
Petrobras, Gerdau e Sulgás assinam primeiro contrato par...
11/11/24
Pré-Sal
Equinor investe R$ 12,5 milhões em laboratório no CEPETR...
11/11/24
Oportunidade
UDOP lança Banco de Talentos para profissionais e recrut...
11/11/24
Startups
NAVE ANP: inscrições prorrogadas até 22/11/2024
11/11/24
IBP
Na COP29, IBP reforça compromisso com transição energética
11/11/24
Petrobras
UPGN do Complexo de Energias Boaventura entra em operação
11/11/24
Internacional
Rússia começa a perder força na participação das importa...
11/11/24
Energia Eólica
Grupo CCR e Neoenergia firmam contrato de autoprodução d...
11/11/24
Etanol
Anidro e hidratado encerram a semana com pequena variaçã...
11/11/24
Resultado
Petrobras divulga lucro de R$ 32,6 bilhões no 3º trimes...
08/11/24
Energia elétrica
Desempenho em outubro é o melhor do ano e expansão da ge...
08/11/24
E&P
Firjan destaca o potencial para aumento no fator de recu...
08/11/24
Hidrogênio
Primeira planta de conversão de hidrogênio a partir do e...
08/11/24
ANP
NAVE ANP: inscrições prorrogadas até 22/11/2024
07/11/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21