Petróleo

Exsto firma acordo com Prorevest no país

Valor Econômico
23/10/2009 10:19
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Os negócios milionários provocados pela exploração do petróleo e gás no país, em franca expansão, começam a chegar às pequenas empresas brasileiras, procuradas por multinacionais em busca de parcerias. A pouco conhecida Prorevest, de São Caetano do Sul (SP), que atua no mercado de poliuretanos, está se associando à francesa Exsto, que atua também na Inglaterra e na China. O objetivo é aproveitar o crescimento do mercado offshore, principalmente nas bacias de Campos e de Santos, que tem uma demanda de equipamentos e peças ainda por ser atendida.

 

Empresa familiar formada em 1984 por Pedro Vieira, a Prorevest instalou-se em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, para fornecer produtos derivados de poliuretano para siderúrgicas e minerações, entre outros segmentos. A empresa tem uma área construída de 2 mil metros quadrados, 50 funcionários e faturamento esperado para 2009 de R$ 8,4 milhões, já incluindo os novos negócios de petróleo. A expectativa é de aumento de 40% sobre a receita de 2008, segundo Pedro Vieira Neto, filho do fundador.

 

O que atraiu o interesse da Exsto na Prorevest foram seus contatos em um momento que o potencial de crescimento do setor de petróleo ganha destaque. A Exsto foi fundada em 1976, em Romans, na França, e atua numa vasta gama industrial, incluindo o automotivo. Em 2006 ela incorporou a Dunlaw Engeneering, escocesa de Aberdeen. "Mudamos o contrato social, mas conservamos o caráter nacional de nossa empresa. A Petrobras (principal compradora), dá muito valor à empresa nacional", explica Pedro Neto.

 

A associação, que apareceu publicamente pela primeira vez na Santos Offshore 2009, feira com mais de duas centenas de expositores interessados no mercado de petróleo e gás e que termina hoje, tem objetivos mais amplos. "Queremos abrir uma filial na região de Vitória (ES), para multiplicarmos por mais de um dígito nossa produção atual de 15 toneladas por mês", afirma o executivo.

 

A Exsto mantém uma parceria com a Technip para produção de cabos flexíveis, que ligam o comando na plataforma com os pontos de perfuração dos poços. Chamados de tubos umbelicais, exigem elevada tecnologia, para suportar altas pressões, comuns em profundidades que podem superar três mil metros.

 

O setor de petróleo e gás também já mudou a procura por terrenos em Santos. Eduardo Lustoza, diretor de portos da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos, também diretor de logística da Intercontinental de Negócios diz que há escassez de áreas em torno de Santos para os negócios originados pelo offshore. "A Technip procurou áreas aqui e não encontrou nas proporções desejadas. Precisava de 100 mil metros quadrados e acabou indo para Angra dos Reis", diz. A Shipswift buscava área para um estaleiro e foi para a baía de Niterói, já Prysmian Cabos e Sistemas decidiu ampliar sua fábrica em Vitória. Precisava de pelo menos 900 metros lineares de frente para a água, segundo Lustoza.

 

Lustoza diz que um terreno na entrada da cidade de Santos está com o metro quadrado a US$ 500. Equivale a US$ 50 milhões para uma área de 100 mil metros quadrados. Há dez anos, pela mesma gleba pedia-se o equivalente a apenas US$ 75 por metro quadrado, sustenta o consultor-empresário. "Não é qualquer atividade que pode encarar os novos patamares; talvez apenas a de tancagem", diz.

 

Para áreas na zona primária do porto de Santos, praticamente junto ao estuário, não há preço. "Vale quanto o negócio puder pagar", diz o consultor. Lustoza trabalha na formação, junto a uma área privada de um milhão de metros quadrados, do chamado Condomínio Industrial Offshore, em negociações prévias com as autoridades municipais, portuárias e ambientais, em território de Santos.

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