<P>Apesar da sobrevalorização do câmbio e da reclamação dos empresários, as exportações devem fechar este ano em US$ 158 bilhões, 15% a mais do que em 2006. Já as importações devem atingir US$ 114 bilhões, 25% acima do número registrado em 2006.</P><P>O saldo da balança comercial deve...
Folha de São PauloApesar da sobrevalorização do câmbio e da reclamação dos empresários, as exportações devem fechar este ano em US$ 158 bilhões, 15% a mais do que em 2006. Já as importações devem atingir US$ 114 bilhões, 25% acima do número registrado em 2006.
O saldo da balança comercial deverá somar US$ 44 bilhões, o que significa uma queda de US$ 2 bilhões em relação aos US$ 46 bilhões do ano passado.
Os números, com essas novas previsões para a balança comercial deste ano e os resultados do primeiro semestre, serão divulgados hoje no Boletim de Comércio Exterior da Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior).
O que esses dados mostram é que, apesar da supervalorização do câmbio, não ocorreu o boom das importações previsto. O aumento das importações foi apenas uma reação natural ao aumento da demanda neste ano. As previsões de uma queda expressiva do superávit, portanto, não devem se confirmar.
Uma das principais conclusões, ao analisar o boletim da Funcex, é que, ao contrário do ano passado, as quantidades exportadas (o quantum) estão crescendo em um ritmo mais acelerado do que os preços. Em 2006, os preços dos exportados subiram 9,4%, e, o quantum, 6%. Já neste ano, o quantum cresce a 10%, e os preços, 9,2%.
O destaque continua com os produtos básicos. O quantum desses produtos se expandiu em 20,4%. Já o dos semi-manufaturados, 5,1%, e dos manufaturados, 6,4%. Os preços crescem a um ritmo inferior.
O mesmo acontece com as importações. O valor cresceu nos primeiros seis meses deste ano 26,6%, mas principalmente em razão do volume físico. O quantum das importações cresceu 22,8%, enquanto o preço, apenas 3,3%.
O economista Fernando Ribeiro, da Funcex, diz que esse crescimento baixo do preço médio das importações se deve principalmente à estabilidade do valor do petróleo, que, por curiosidade, também tem provocado o mesmo efeito nas exportações. O petróleo tem um peso importante tanto nas exportações quanto nas importações do país.
Fonte: Folha de São Paulo
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