Estaleiros

Expansão do setor valoriza cursos de engenharia naval

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ligado ao governo do Estado de São Paulo, inaugura amanhã as novas instalações de três laboratórios especializados na área de engenharia naval e oceânica. Foram aplicados cerca de R$ 9,5 milh&ot

Valor Econômico
05/11/2009 09:55
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O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ligado ao governo do Estado de São Paulo, inaugura amanhã as novas instalações de três laboratórios especializados na área de engenharia naval e oceânica. Foram aplicados cerca de R$ 9,5 milhões na reforma dos laboratórios, que permitem dar suporte tecnológico à construção de navios e plataformas de petróleo e gás. Do investimento total, 90% corresponderam ao aporte da Petrobras e 10% ao apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério de Ciência e Tecnologia.

A reformulação dos laboratórios do IPT se insere em uma iniciativa denominada Rede Temática de Navios. Essa rede é formada por um conjunto de projetos na área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) identificados como forma de sustentar a reconstrução da indústria naval no país. A Petrobras assinou oito convênios nessa rede com IPT, Coppe/UFRJ e USP no valor total de R$ 32,8 milhões. Desse total, R$ 29,5 milhões correspondem à contra-partida da Petrobras. A Finep aportou a diferença.

Carlos Daher Padovezi, diretor do centro de engenharia naval e oceânica (Cnaval) do IPT, diz que a reforma coloca os laboratórios do instituto em patamar semelhante a instalações do primeiro mundo. "Vamos reinaugurar os laboratórios com a certeza de que conseguiremos dar maior eficiência nos serviços e maior precisão nos ensaios para prever o desempenho de navios e plataformas", diz Padovezi.

Foram reformados o tanque de provas do IPT, inaugurado em 1956 e que havia passado por duas ampliações, e os túneis de vento e de "cavitação", termo que se refere a um fenômeno motivado por bolhas de ar que podem reduzir a eficiência dos propulsores dos navios. Padovezi diz que se automatizou o sistema de construção de modelos (de navios e plataformas) a partir do uso de um robô. Dessa forma, o modelo do casco de um navio ou plataforma que antes levava de 45 a 60 dias agora pode ser feito em uma semana.

Padovezi diz que o principal cliente do Cnaval na área offshore é a Petrobras. "Mas outros operadores têm se aproximado." E acrescentou que na área de navios o foco recai sobre os estaleiros. Após criar uma infraestrutura tecnológica nos laboratórios do IPT, da USP e da Coppe/UFRJ, a Petrobras e sua subsidiária de logística, a Transpetro, buscam desenvolver uma segunda fase do programa da Rede Temática de Navios. O esforço passa por aproximar os estaleiros das universidades e instituições de pesquisa.

A ideia é que os estaleiros aproveitem as facilidades criadas nesses centros tecnológicos para melhorar a eficiência e a produtividade, diz Paulo Moreira de Carvalho, gerente-geral de desenvolvimento e inovação tecnológica da Transpetro. A empresa poderá ser beneficiada pelo fato de hoje ser o armador com o maior número de encomendas de novos navios no país.

Sérgio Machado, presidente da Transpetro, diz que os investimentos feitos via Rede Temática de Navios buscam garantir a sustentabilidade da construção naval brasileira via inovação. Ele afirma que os convênios acertados com IPT, USP e Coppe/UFRJ estão maturando e servirão para desenvolver a indústria naval com base em um tripé: crescimento do mercado no Brasil, aumento do índice de nacionalização e maior competitividade em nível mundial.

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