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Executivos do setor elétrico elogiam perfil técnico de Silas Rondeau

Valor Ecnômico
07/07/2005 03:00
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Os executivos do setor elétrico aplaudiram a indicação de Silas Rondeau para a pasta de Minas e Energia. Rondeau foi elogiado por todos as áreas do setor, desde a geração de energia, passando pela distribuição, até os grandes consumidores industriais. Apesar disso, a maioria das ações das elétricas negociadas em bolsa de valores apresentou queda ontem.
Para os executivos do setor, esse é um movimento natural em momentos de mudança. "Os papéis deverão se recuperar em breve, pois não há nenhum sentido na queda", disse Luiz Fernando Vianna, da Associação dos Produtores Independentes de Energia (Apine). "Ele é um técnico, tem mais de duas décadas de atuação e conhece profundamente o setor. Não vejo relação da queda das ações com a nomeação dele", acredita o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidora de Energia Elétrica (Abradee), Luiz Carlos Guimarães.
Wilson Ferreira Júnior, presidente da CPFL Energia, maior grupo privado nacional da área no país, se disse "muito contente com a indicação". Ele afirma que o futuro ministro tem a seu favor uma notável carreira como executivo em empresas de energia. "Já trabalhou em várias companhias e tem experiência. Como já tinha um relacionamento próximo à ministra, está aquecido no que diz respeito a regulamentação e leilões de energia", disse o presidente da CPFL.
Guimarães também achou positiva a indicação de Rondeau. "É do setor, e de muito fácil trato. Tivemos a oportunidade de negociar com ele na Eletrobrás questões como o financiamento dos consumidores de baixa renda e as obras do programa Luz Para Todos e nunca tivemos problemas", disse.
A área de geração também ficou satisfeita. Silas Rondeau agradou tanto os geradores privados, reunidos na Apine - que representa empresas como a belga Tractebel e as americanas Duke Energy e El Paso- como também satisfez as expectativas das geradoras estatais como Cemig, Copel e o próprio sistema Eletrobrás, representadas pela Associação dos Grandes Geradores de Energia (Abrage). Para o presidente da Apine, Rondeau já fazia parte da equipe e isso proporcionará uma transição tranqüila.
Flávio Neiva, presidente da Abrage, afirma que o novo ministro tem pelo menos 25 anos de atuação em empresas de energia. "Sei que já trabalhou em geradoras como a Eletronorte e a Eletrobrás, mas também em distribuidoras como a Celpa e Cemar. É uma pessoa completa". Para Neiva, o grande desafio de Rondeau será destravar a construção de usinas no país.
O presidente da Câmara de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE), Claudio Salles, associação que representa 66% do mercado de distribuição e 28% da geração no país, também é otimista mas acredita que o novo ministro terá um árduo desafio: "O setor precisa de investimentos de R$ 13,5 bilhões por ano. E ele terá que criar um ambiente propício para esses investimentos". As 16 filiadas à CBIEE já investiram R$ 135 bilhões no país desde 1996.
Os grandes consumidores de energia também gostaram da indicação. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), Mario Cilento, Rondeau "é uma pessoa experiente, que conhece o histórico dos eletrointensivos".

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