Cumprimento do conteúdo local é uma das dificuldades.
Redação TN Petróleo/ Rodrigo Miguez
Os desafios e as oportunidades dos mega projetos offshore que estão sendo desenvolvidos no Brasil para exploração e produção de petróleo foram mostrados no painel do último dia da OTC Brasil. Fernando Bortoli, da Petrobras, apresentou os projetos das plataformas P-61 e P-63 que serão utilizados no campo de Papa Terra. Além disso, ele citou as oito plataformas replicantes (P-66 a P-73) que estão sendo construídas para o pré-sal. Segundo ele, as replicantes representam um avanço para as próximas que serão feitas daqui para frente, pois são fruto de aprendizado e primordiais para o ganho de tempo nos projetos da Petrobras.
Participante do consórcio de operação e construção dos replicantes, a SBM Offshore mostrou alguns dos desafios que precisam ser superados nesses projetos. Segundo Philipe Levy, a tecnologia avançada necessária para o pré-sal, a obrigatoriedade do conteúdo local de 65% nos projetos, além do mercado de fornecedores limitado no Brasil são alguns dos problemas por que as empresas precisam enfrentar. Os FPSO estão sendo construídos em estaleiros parceiros da SBM para agilizar os processos. Para Levy, o FPSO Cidade de Ilha Bela é o projeto mais complexo já feito pela companhia. Além desse FPSO, a SBM também vai fazer os FPSO Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema.
Carlos Eduardo Flesch, da IPA Global, apresentou os resultados de uma pesquisa com os fracassos dos megaprojetos. Para ele, apensas 20% desses projetos de exploração e produção são realizados com sucesso. Dentre os problemas estão os altos custos e também os atrasos nas entregas. "No mínimo, os projetos estão pecando no planejamento", afirmou.
* Na foto: John Haney, da Shell, moderador do painel na OTC Brasil 2013.
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