Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
Patrocínio de cobertura
A edição de 2025 da Rio Pipeline & Logistics, principal ponto de encontro global do setor de dutos, transporte e logística, terminou hoje no Rio de Janeiro consolidando-se como a maior da história. O evento, organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), atraiu 10.800 participantes - entre executivos, autoridades e especialistas de 29 países -, registrando um crescimento de 32% em relação à última edição e confirmando o reaquecimento dos investimentos em infraestrutura de energia.
“Esta edição foi histórica, não apenas pelo número de profissionais e empresas participantes, mas também porque ampliamos o escopo para o segmento de logística. Esta integração, que já é muito presente no nosso setor, teve destaque também na programação 2025”, afirmou Roberto Ardenghy, presidente do IBP.
O apetite do mercado também se refletiu na área de exposição, que foi 43% maior e contou com mais de 100 marcas expositoras. Nos auditórios, 3.000 congressistas participaram dos debates técnicos. O evento marcou ainda uma forte aposta na renovação do setor, com mais de 200 jovens nas palestras do Young Rio Pipeline Program.
A agenda da transição energética da Petrobras
A força do evento não se mostrou apenas nos números, mas também nos temas estratégicos debatidos durante os três dias de Congresso e Exposição. Para encerrar esta edição, a diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, participou do CEO Talks. A companhia planeja uma transição energética justa, que respeite as particularidades do Brasil, ao mesmo tempo em que investe em novas frentes e reforça o papel do gás natural como combustível de transição. Nos planos da estatal estão previstos investimentos de R$16 bilhões em energias renováveis e Pesquisa & Desenvolvimento (P&D).
"Transição energética e descarbonização são uma realidade mundial. E apostamos numa transição justa que respeite as características de cada país", afirmou Laureano. A executiva destacou a vocação do Brasil para energias limpas, mencionando que 50% da matriz energética nacional já é renovável, com a geração elétrica atingindo a marca de 90%.
Um dos pontos centrais da estratégia da Petrobras é o gás natural. A empresa, que detém 65% do mercado de gás, vê um momento interessante para o setor, com o aumento da produção e a entrada em operação da Rota 3, que possibilitará a oferta de mais gás ao mercado. A diretora enfatizou a importância da integração energética com os países vizinhos para garantir o suprimento de gás. "Acredito muito na integração energética do Cone Sul", declarou.
Além da Bolívia, a Argentina é vista como uma alternativa estratégica, com grandes reservas de gás. Para Laureano, parte do gás argentino inevitavelmente virá para o Brasil, mas ressalta que são necessários investimentos em infraestrutura de transporte. O biometano surge como outra aposta. A partir do próximo ano, 1% do gás comercializado deverá ser biometano. Para isso, a companhia realizou uma chamada pública que atraiu 90 potenciais fornecedores. A meta é que esse volume possa alcançar até 10% em 2034.
Descarbonização no setor aéreo
O painel ‘Oportunidades e desafios na descarbonização do setor aéreo’, realizado na Arena Logística, espaço que estreou na edição 2025, focou no SAF (Combustível Sustentável de Aviação) como um dos principais vetores para a transição energética no setor. O Brasil se sobressai pela disponibilidade de matérias-primas e pela maturidade tecnológica de suas rotas de produção, mas o mercado enfrenta desafios como o custo de produção elevado, o acesso a financiamento competitivo, entraves logísticos e de infraestrutura, questões regulatórias e de certificação.
Carla Primavera, superintendente da Área de Transição Energética e Clima do BNDES, destacou o papel de advocacy internacional do banco, atraindo investidores. “Contamos com um capital relacional com bancos de desenvolvimento de outros países, auxiliando na decisão de financiamento e dialogando com financiadores estrangeiros”.
O banco promoveu uma Chamada Pública de Planos de Negócios com o objetivo de fomentar projetos de investimento que contemplem o desenvolvimento e a produção de novas tecnologias industriais destinadas à implantação de refinarias de SAF ou biocombustíveis para navegação. A estimativa inicial era de R$6 bilhões. Foram selecionadas 43 propostas com investimento final de R$134 bilhões – para aviação (25 propostas com investimentos de R$99 bi) e navegação (18 propostas com R$35 bilhões investidos).
Mauro Andrade, diretor de Novos Negócios da Prumo Logística, destacou que a empresa desenvolve uma estratégia voltada para o baixo carbono, identificando, especialmente no SAF, um segmento altamente competitivo. “Além da vantagem de ser um porto, a Prumo dispõe da infraestrutura necessária para atrair grandes grupos econômicos e impulsionar a produção regional, com o cultivo de cana para geração de etanol e SAF”.
Tomas Cardoso, diretor de Supply & Trading da Vibra, apresentou a empresa como a distribuidora com maior market share em transporte urbano e aviação no Brasil, responsável por 6 em cada 10 voos operados no país. “A estratégia de importação é utilizada para entender a dinâmica do mercado, a cadeia e todo o processo de armazenagem e certificação, garantindo a real redução de emissões de carbono”.
Sobre a Rio Pipeline & Logistics
A Rio Pipeline & Logistics é realizada no ExpoRio Cidade Nova de 9 a 11 de setembro e conta com o patrocínio Master da Petrobras, patrocínio Diamond das empresas TAG, TBG e Transpetro, patrocínio Platinum da NTS e da Tenaris, patrocínio Ouro da TechnipFMC, patrocínio Prata da Rosen e patrocínio Bronze da SLB + Enivibes, Solar Turbines, Tory Tech, Energia Latam, Ecopetrol e Parceria Estratégica da Secretaria de Energia e Economia do Mar do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Conta com o apoio institucional das seguintes entidades: ABCM, Abegás, AbesPetro, Abimaq, ABICAM, ABRACO, ABTL, AHK, Arpel, ATP, CTDUT, EIC e Energeo. Tem como apoio de mídia as seguintes empresas: Eixos, Offshore, Oil & Gas Journal, Petro & Química, PTJ, TN Petróleo e World Pipelines.
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