Redação TN Petróleo/Assessoria
Promovido pela Copergás, o “Fórum Viabilidade do GNV em veículos pesados” reuniu especialistas nacionais e trouxe as últimas novidades do setor. Com apresentação de dados, estudos e casos, os palestrantes mostraram o fortalecimento da tendência do uso do combustível em caminhões e ônibus. Depois da consolidação no mercado de veículos leves, o GNV agora amplia sua presença nos veículos pesados.
A abertura foi realizada por Fabrício Bomtempo (foto), diretor técnico-comercial da Copergás. “O setor do gás no Brasil vive um momento muito interessante, um momento de abertura, de maior diversidade de players e maior concorrência no suprimento. Exemplo disso é a Copergás, que historicamente sempre teve apenas um supridor e a partir deste mês deve passar a ter três”, disse ele, destacando ainda o “crescimento sustentável” da rede de postos com GNV em Pernambuco e o processo de expansão da interiorização do gás natural no Estado, com projetos em Petrolina (no Sertão) e em Garanhuns (Agreste).
O Fórum teve três palestrantes, que estavam em São Paulo: Paulo Genezini, responsável pela engenharia de vendas da Scania no Brasil; Ney Franzini, representante da Landirenzo, empresa italiana líder mundial no segmento de equipamentos para GNV e GNL; e Ricardo Valejjo, sócio e pesquisador da Consulgás (SP), consultoria especializada em gás natural.
A primeira apresentação coube a Paulo Genezini, da Scania. A montadora é hoje a única fabricante no país a produzir caminhões movidos exclusivamente a gás. O modelo é recente, foi lançado em 2019. Mais de 200 já foram comercializados no Brasil. Os principais destaques do veículo, segundo Genezini, são a eficiência energética (maior carga transportada com menor consumo de combustíveis) e o compromisso com a sustentabilidade. A utilização do gás natural reduz a emissão de poluentes e de CO2.
“A sustentabilidade não é mais uma opção, uma escolha – é uma necessidade para todos nós, para todas as empresas. Não existe mais a possibilidade de não seguir por este caminho”, disse Genezini. Ele falou sobre os diversos combustíveis alternativos ao diesel no setor de transporte e destacou a força do gás natural.
“Muitos desses combustíveis alternativos estão ainda em fase de desenvolvimento. Virão no futuro, alguns mais cedo, outros mais tarde. Nós da Scania entendemos que o combustível gás é o mais adequado hoje para a realidade brasileira. Não só hoje; ele veio para ficar, e vai ter sempre o seu lugar mesmo que cheguem outras tecnologias, daqui a 10 anos ou mais”, afirmou Genezini. A montadora sueca é uma das gigantes mundiais do segmento de caminhões pesados e ônibus.
A palestra seguinte foi feita por Ney Franzini, da Landirenzo, que falou sobre o sistema Dual Fuel, desenvolvido pela empresa para converter motores a diesel em motores que funcionam com uma mistura de diesel e gás natural. No uso dos dois, o equipamento dá preferência a ao uso do gás natural, mediante controle eletrônico. A Landirenzo tem projeto em andamento em Pernambuco. A tecnologia é uma alternativa para os veículos atuais que já operam com diesel.
Depois foi a vez do consultor Ricardo Vallejo, que abordou os “corredores azuis”, como são chamadas as rotas que têm postos de abastecimento dos veículos movidos pelo combustível do gás. O “azul” refere-se à cor da chama do gás quando queimado. Vallejo falou sobre estudo dos corredores no Brasil, que deve estar concluído no próximo ano; explicou o impacto na balança comercial da importação do diesel (o país não é autossuficiente em sua produção) e apresentou informes e estatísticas que mostram o potencial do gás natural no Brasil e no mundo. “A partir de 2026 teremos o boom do mercado de gás no Brasil”, disse ele, citando projeção da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Pela Copergás, no Recife, participaram do Fórum o diretor técnico-comercial Fabrício Bomtempo; o técnico operacional Tarcísio Araújo (criador do site Mecânica Online, especializado no setor automotivo), que fez a apresentação do evento; o supervisor do Segmento Veicular, João Guerra, que falou sobre a rede de distribuição da Copergás; e Fábio Morgado (gerente da GCVI, Gerência de Comercialização Veicular e Industrial), que fez o encerramento, destacando o sucesso do evento e o papel da Copergás na infraestrutura para o desenvolvimento do GNV no Estado.
A realização do evento teve ainda a colaboração dos demais integrantes da GCVI: Bruno Sousa, supervisor do Segmento Industrial; Marco Antonio Oliveira, engenheiro de suporte técnico; e Rejane Barros, auxiliar administrativo.
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