Pesquisa

Europa e EUA temem apagões enquanto emergentes apostam no aumento da oferta de energia

PwC entrevistou 72 companhias em 43 países.

Redação
27/08/2012 18:20
Visualizações: 1035

 

Apesar dos investimentos em projetos de nova geração, executivos do setor energético temem o avanço dos apagões na Europa e nos Estados Unidos, ao passo que a indústria enfrenta problemas de oferta de energia, eficiência e falta de políticas voltadas para a área. Enquanto isso, nos emergentes, onde os cortes de energia são comuns, o cenário é mais otimista, segundo a pesquisa ‘The shape of power to come’, desenvolvida pela PwC a partir de entrevistas com 72 companhias do ramo que atuam em 43 países, incluindo o Brasil.
Entre os empresários dos países em desenvolvimento, mais da metade (53%) prevê uma melhora na oferta de energia nas regiões. Já entre as maiores economias do mundo, a preocupação com os preços praticados e com o ritmo dos investimentos em infraestrutura leva 46% dos entrevistados a acreditarem na possibilidade de acontecerem apagões nesses países até 2030.
Para contornar essa situação e tentar atender a uma demanda que deverá superar os 31.700 TWh em 2035 - em 2009, esse montante ficava em 17.200 TWh -,  tem-se apostado bastante no gás natural como principal fonte energética de nova geração. Contudo, os investimentos nesse combustível não devem sanar o problema. Estima-se que a participação do gás na matriz energética global cresça apenas 4%: dos atuais 29% para 33% em 2030.
Em paralelo, a carência de combustíveis tem se tornado uma questão chave para a atividade industrial, especialmente na América do Sul e na Europa. A expectativa é que, ao longo dos próximos 20 anos, cresça substancialmente o número de corporações com problemas de desabastecimento.
Além disso, o estudo da PwC revela que as mudanças aguardadas para a matriz energética mundial estão longe de atender as metas ambientais. As companhias de energia esperam que a matriz deixe a composição de 66% de combustíveis fósseis versus 34% não fósseis e atinja um quadro formado por 57% versus 43% - resultado muito aquém do necessário para limitar o aquecimento global a uma media de 2°C. 
“A indústria e os governos enfrentam um grande dilema no equilíbrio entre segurança energética, acessibilidade e sustentabilidade”, avalia Guilherme Valle, sócio da PwC Brasil e líder de energia. “Os investimentos tornaram-se mais difíceis no atual cenário econômico global e cresce a preocupação com a falta de capital para projetos de infraestrutura. Mas esses investimentos e a criação de políticas voltadas para o setor são fundamentais para que o mundo não enfrente uma situação de escassez de energia em 2030”, diz.
Smart grid
As opiniões sobre os smart grid ressaltam o gap existente entre os consumidores domésticos e a indústria. Situação especialmente visível na América do Norte e Europa, onde 80% e 74% dos entrevistados, respectivamente, estão preocupados com a possibilidade de a falta de interesse dos clientes ser um obstáculo para o desenvolvimento dessas tecnologias.
“Há uma mistura de apatia dos usuários e temor quanto ao uso dos dados registrados, o que pode representar um entrave para o avanço desses sistemas”, comenta Guilherme Valle.
Energia limpa
A maioria dos participantes do estudo acredita que as fontes de energia não-hidráulicas serão a grande saída para atender à crescente demanda até 2030. Mais de 80% dos entrevistados avaliam que a produção de energia eólica, solar e de biomassa irá se tornar competitiva nos próximos anos, sem a necessidade de subsídios.
Além disso, três quintos dos inquiridos consideram que os carros elétricos serão uma porção significativa da frota de veículos mundial em 2030.

Apesar dos investimentos em projetos de nova geração, executivos do setor energético temem o avanço dos apagões na Europa e nos Estados Unidos, ao passo que a indústria enfrenta problemas de oferta de energia, eficiência e falta de políticas voltadas para a área. Enquanto isso, nos emergentes, onde os cortes de energia são comuns, o cenário é mais otimista, segundo a pesquisa ‘The shape of power to come’, desenvolvida pela PwC a partir de entrevistas com 72 companhias do ramo que atuam em 43 países, incluindo o Brasil.


Entre os empresários dos países em desenvolvimento, mais da metade (53%) prevê uma melhora na oferta de energia nas regiões. Já entre as maiores economias do mundo, a preocupação com os preços praticados e com o ritmo dos investimentos em infraestrutura leva 46% dos entrevistados a acreditarem na possibilidade de acontecerem apagões nesses países até 2030.


Para contornar essa situação e tentar atender a uma demanda que deverá superar os 31.700 TWh em 2035 - em 2009, esse montante ficava em 17.200 TWh -,  tem-se apostado bastante no gás natural como principal fonte energética de nova geração. Contudo, os investimentos nesse combustível não devem sanar o problema. Estima-se que a participação do gás na matriz energética global cresça apenas 4%: dos atuais 29% para 33% em 2030.


Em paralelo, a carência de combustíveis tem se tornado uma questão chave para a atividade industrial, especialmente na América do Sul e na Europa. A expectativa é que, ao longo dos próximos 20 anos, cresça substancialmente o número de corporações com problemas de desabastecimento.


Além disso, o estudo da PwC revela que as mudanças aguardadas para a matriz energética mundial estão longe de atender as metas ambientais. As companhias de energia esperam que a matriz deixe a composição de 66% de combustíveis fósseis versus 34% não fósseis e atinja um quadro formado por 57% versus 43% - resultado muito aquém do necessário para limitar o aquecimento global a uma media de 2°C. 


“A indústria e os governos enfrentam um grande dilema no equilíbrio entre segurança energética, acessibilidade e sustentabilidade”, avalia Guilherme Valle, sócio da PwC Brasil e líder de energia. “Os investimentos tornaram-se mais difíceis no atual cenário econômico global e cresce a preocupação com a falta de capital para projetos de infraestrutura. Mas esses investimentos e a criação de políticas voltadas para o setor são fundamentais para que o mundo não enfrente uma situação de escassez de energia em 2030”, diz.



Smart grid


As opiniões sobre os smart grid ressaltam o gap existente entre os consumidores domésticos e a indústria. Situação especialmente visível na América do Norte e Europa, onde 80% e 74% dos entrevistados, respectivamente, estão preocupados com a possibilidade de a falta de interesse dos clientes ser um obstáculo para o desenvolvimento dessas tecnologias.


“Há uma mistura de apatia dos usuários e temor quanto ao uso dos dados registrados, o que pode representar um entrave para o avanço desses sistemas”, comenta Guilherme Valle.

Energia limpa


A maioria dos participantes do estudo acredita que as fontes de energia não-hidráulicas serão a grande saída para atender à crescente demanda até 2030. Mais de 80% dos entrevistados avaliam que a produção de energia eólica, solar e de biomassa irá se tornar competitiva nos próximos anos, sem a necessidade de subsídios.


Além disso, três quintos dos inquiridos consideram que os carros elétricos serão uma porção significativa da frota de veículos mundial em 2030.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Firjan
Em reunião do Conselho de Petróleo e Gás da Firjan, pres...
16/10/25
Parceria
Nexio fecha parceria com Porto do Açu para projetos de i...
16/10/25
Pernambuco
Petrobras e Tenenge avançam na construção de nova unidad...
16/10/25
Bacia de Santos
Bacalhau, maior campo internacional da Equinor, inicia o...
16/10/25
Petrobras
Reduc é a primeira refinaria do país certificada para pr...
16/10/25
PPSA
Produção de petróleo da União atingiu 168 mil barris por...
15/10/25
iBEM26
Brasil diversifica sua matriz energética
15/10/25
Evento
PortosRio marca presença na Rio+Agro 2025
14/10/25
Combustíveis
ETANOL/CEPEA: Vendas de hidratado quase dobram na semana
14/10/25
Combustíveis
ANP recebe mais um equipamento que detecta teor de biodi...
10/10/25
Petrobras
Investimentos de R$ 2,6 bilhões na Bahia são anunciados ...
10/10/25
Petrobras
O supercomputador Harpia entra em operação
10/10/25
PPSA
PPSA publica edital do Leilão de Áreas Não Contratadas
09/10/25
ROG.e
IBP lança nova ROG.e: maior festival de energia do planeta
09/10/25
Biometano
Cedro e Gás Verde inovam com a descarbonização da logíst...
09/10/25
Energia Elétrica
CCEE conclui liquidação do Mercado de Curto Prazo do Set...
08/10/25
IBP
Posicionamento - Proposta de elevação da alíquota do Fun...
08/10/25
OTC Brasil 2025
Valmet eleva confiabilidade e segurança em plataformas o...
08/10/25
Petrobras
Revap inicia produção de asfalto com conteúdo renovável ...
08/10/25
Pré-Sal
CNPE fixa valor mínimo de R$ 10,2 bilhões para Áreas Não...
07/10/25
Gás Natural
Petrobras realiza primeira importação de gás natural da ...
07/10/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23