G1
Os Estados Unidos levarão meses e até mesmo anos no combate ao que chamou de 'epidemia' provocada pelo vazamento do petróleo no Golfo do México, alertou o presidente americano, Barack Obama, esta terça-feira (15), afirmando ainda que mobilizará milhares de homens da Guarda Nacional para ajudar nesta batalha e que fará a petroleira britânica BP pagar pelos danos.
"Esta contaminação é a pior catástrofe ambiental que os Estados Unidos já viram. E diferente de um terremoto ou um furacão, não é um acontecimento pontual, que causa danos em questão de minutos ou em poucos dias", disse Obama em discurso à Nação.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursa sobre o vazamento de óleo no Salão Oval da Casa Branca (Foto: AFP)A quantidade de petróleo que vaza "para o Golfo do México parece mais uma epidemia que nós combateremos durante meses e, inclusive, anos", acrescentou o presidente, que anunciou ter autorizado a mobilização de 17 mil homens da Guarda Civil para combater a maré negra e que contatou os governadores dos estados afetados pelo desastre para colocar estes homens para trabalhar prontamente.
No discurso, o presidente disse ainda que o vazamento de óleo é "o maior e mais doloroso desastre ambiental", e reforçou que a "hora de buscar formas de energias limpas para o futuro é agora".
Indenização
Obama prometeu "fazer a BP pagar" pelo vazamento de petróleo no Golfo do México, e disse que ordenará ao presidente da BP a criar um fundo gerenciado de forma independente para indenizar as vítimas.
"Amanhã, me encontrarei com o presidente da BP e vou informá-lo que ele precisa reservar quaisquer recursos necessários para compensar os trabalhadores e comerciantes afetados como resultado da negligência de sua companhia", disse Obama em um raro discurso à Nação do Salão Oval da Casa Branca.
"E este fundo não será controlado pela BP. A fim de assegurar que todas as reivindicações legítimas sejam pagas de forma justa e adequada, a conta precisa e será administrada por um terceiro independente", acrescentou.
Derramamento
Obama completou nesta terça com uma visita à base aeronaval de Pensacola uma viagem por três dos estados mais afetados pelo desastre: Mississipi, Alabama e Flórida.
Antes do pronunciamento, o presidente americano discursou para cerca de 3,5 mil soldados e reconheceu que as pessoas estão "assustadas" e "zangadas" com o vazamento, o pior desastre ecológico na história dos EUA.
"Meu governo fará todo o necessário durante o tempo que for necessário" para assegurar que esta situação seja superada e o Golfo do México volte à normalidade.
O derrame de petróleo, que antes da colocação de um sino de contenção sobre o poço, chegou aos 6,4 milhões de litros diários.
*(Com informações da France Presse e EFE)
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