Projeto

Etanolduto estreia em meio a incertezas

O primeiro trecho do etanolduto começa a funcionar a partir de março.

Brasil Econômico
16/01/2013 12:11
Visualizações: 716 (0) (0) (0) (0)

 

O primeiro trecho do etanolduto, canal de transporte do combustível, que tem a Logum Logística como a empresa responsável pelas obras, começa a funcionar a partir de março. O trecho será entre Ribeirão Preto, maior produtor no Brasil, e Paulínia, principal distribuidor.
Apesar de a data para a inauguração estar próxima, ainda não está definido modelos de contrato e valores para transporte de combustível por esse canal, o que traz dúvidas quanto a sua competitividade frente a outros modais como ferrovia, hidrovia e principalmente rodovia.
Estimativas elaboradas por um especialista no tema e ligado a agentes do setor, apontam que ao utilizar o duto para fazer o escoamento da produção de álcool, só serão beneficiadas usinas próximas a um raio de 180 km de Ribeirão Preto e ao Triângulo Mineiro.
Para esses produtores, o custo será de R$ 42 por metro cúbico, contra os atuais R$ 50 cobrados para fazer o transporte por rodovia (veja mais arte abaixo). Para 2014, quando está previsto o transbordo deste trecho se iniciando em Uberaba, o valor sairá de R$ 70 cobrados no uso das rodovias para os R$ 60 do duto.
"Só serão beneficiadas empresas que atuam nas duas pontas, produção e consumo, como é o caso da própria Petrobras e Raízen, ambas com participação acionária no projeto", observa um especialista do setor que prefere se manter sob anonimato.
Para ele, isso acontece porque a operação pelo duto deve exigir contratos fechados e de longo prazo, contrário do modal rodoviário, quando o custo só ocorre quando há utilização da via.
"Esse novo canal exige grande volume de combustível em circulação para que seja competitivo. Isso indica um escoamento em torno de 200 mil metros cúbicos de álcool por ano. Para as usinas que não conseguem atingir esse volume, o recomendado é ainda o modal rodoviário", observa.
Segundo João Chierighini, gerente de logística da Bioagência, é preciso que seja avaliada por cada usina não apenas os aspectos econômicos, mas estratégicos de mercado ao aderir ao uso do duto.
"Os usineiros temem correr riscos como a falta de demanda pelo produto. Isso acontece por falta de uma política clara de combustíveis. O governo está estimulando a frota e demanda por veículos, mas não sabe como disponibilizar mais combustível para encher os tanques", critica.
Ainda para Chierighini, esse cenário é ruim em todos os aspectos para a economia brasileira, que sofre com a trava de investimentos nas usinas de etanol. 
Diante de um cenário de incertezas para o futuro etanolduto, sua viabilidade entra novamente em xeque com a Petrobras, suspendendo aportes que correspondem a fatia de 20% no projeto para 2013.
Por conta disso, há informações de que a estatal esteja negociando com a Logum Logística a oferta de dutos já construídos em troca dos investimentos. Ambas as empresas foram procuradas pela reportagem e nenhuma delas quis se pronunciar sobre o projeto.

O primeiro trecho do etanolduto, canal de transporte do combustível, que tem a Logum Logística como a empresa responsável pelas obras, começa a funcionar a partir de março. O trecho será entre Ribeirão Preto, maior produtor no Brasil, e Paulínia, principal distribuidor.

 


Apesar de a data para a inauguração estar próxima, ainda não está definido modelos de contrato e valores para transporte de combustível por esse canal, o que traz dúvidas quanto a sua competitividade frente a outros modais como ferrovia, hidrovia e principalmente rodovia.

 


Estimativas elaboradas por um especialista no tema e ligado a agentes do setor, apontam que ao utilizar o duto para fazer o escoamento da produção de álcool, só serão beneficiadas usinas próximas a um raio de 180 km de Ribeirão Preto e ao Triângulo Mineiro.

 


Para esses produtores, o custo será de R$ 42 por metro cúbico, contra os atuais R$ 50 cobrados para fazer o transporte por rodovia (veja mais arte abaixo). Para 2014, quando está previsto o transbordo deste trecho se iniciando em Uberaba, o valor sairá de R$ 70 cobrados no uso das rodovias para os R$ 60 do duto.

 


"Só serão beneficiadas empresas que atuam nas duas pontas, produção e consumo, como é o caso da própria Petrobras e Raízen, ambas com participação acionária no projeto", observa um especialista do setor que prefere se manter sob anonimato.

 


Para ele, isso acontece porque a operação pelo duto deve exigir contratos fechados e de longo prazo, contrário do modal rodoviário, quando o custo só ocorre quando há utilização da via.

 


"Esse novo canal exige grande volume de combustível em circulação para que seja competitivo. Isso indica um escoamento em torno de 200 mil metros cúbicos de álcool por ano. Para as usinas que não conseguem atingir esse volume, o recomendado é ainda o modal rodoviário", observa.

 


Segundo João Chierighini, gerente de logística da Bioagência, é preciso que seja avaliada por cada usina não apenas os aspectos econômicos, mas estratégicos de mercado ao aderir ao uso do duto.

 


"Os usineiros temem correr riscos como a falta de demanda pelo produto. Isso acontece por falta de uma política clara de combustíveis. O governo está estimulando a frota e demanda por veículos, mas não sabe como disponibilizar mais combustível para encher os tanques", critica.

 

Ainda para Chierighini, esse cenário é ruim em todos os aspectos para a economia brasileira, que sofre com a trava de investimentos nas usinas de etanol. 

 

Diante de um cenário de incertezas para o futuro etanolduto, sua viabilidade entra novamente em xeque com a Petrobras, suspendendo aportes que correspondem a fatia de 20% no projeto para 2013.

 

Por conta disso, há informações de que a estatal esteja negociando com a Logum Logística a oferta de dutos já construídos em troca dos investimentos. Ambas as empresas foram procuradas pela reportagem e nenhuma delas quis se pronunciar sobre o projeto.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Biodiesel
Laboratórios podem se inscrever até 21/8 no Programa de ...
08/08/25
Petrobras
Segundo trimestre de 2025 apresenta lucro de R$ 26,7 bil...
08/08/25
Dutos
Sensor portátil do CNPEM em teste pode reduzir entupimen...
08/08/25
Combustíveis
Biodiesel ganha protagonismo na economia e no cotidiano ...
07/08/25
Pessoas
Alessandro Falzetta é o novo Diretor de Experiência do ...
07/08/25
Parceria
Vultur Oil e Mandacaru Energia são novas parcerias da MX...
07/08/25
Exportações
Firjan reitera preocupação com implementação de tarifaço...
07/08/25
Evento
Fenasucro & Agrocana: 5 motivos para não perder a maior ...
06/08/25
Etanol
Produção do etanol de trigo é aposta para ampliação da m...
06/08/25
Carros elétricos
Programa Carro Sustentável faz vendas de modelos 1.0 sal...
06/08/25
Energia renovável
Com 4,2 GW ao longo de 2025, usinas renováveis dominaram...
06/08/25
Investimento
Grupo Potencial pretende investir R$ 2 bi em biorrefinar...
06/08/25
PD&I
Navio da Transpetro realiza inspeção estrutural utilizan...
06/08/25
Combustíveis
Diesel comum fica mais caro em julho, enquanto S-10 segu...
06/08/25
Bacia de Campos
Petrobras conclui cessão dos campos de Cherne e Bagre pa...
06/08/25
Resultado
PRIO supera obstáculos e fecha o 2T25 com marcos importa...
06/08/25
Combustíveis
Preços dos combustíveis caem na BR-101, mas rodovia aind...
05/08/25
Bacia de Santos
bp anuncia descoberta de petróleo no poço exploratório B...
05/08/25
Bunker
Bunker One e Acelen passam da marca de 60 embarcações ab...
05/08/25
Etanol
Pedra Agroindustrial recebe autorização da ANP para inic...
04/08/25
Evento
Biocombustíveis de nova geração ganham espaço na Fenasuc...
04/08/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22