Termelétricas

Etanol aquece o mercado de turbinas a vapor

Na esteira do boom do etanol, já percebido em muitos nichos da economia, o mercado de turbinas a vapor de pequeno porte, que equipam termelétricas movidas a biomassa, como as que utilizam o álcool para a geração de energia elétrica, começa a ficar aquecido. Fabricantes como a Siemens programa

Jornal do Commercio
16/07/2007 03:00
Visualizações: 964

Na esteira do boom do etanol, já percebido em muitos nichos da economia, o mercado de turbinas a vapor de pequeno porte, que equipam termelétricas movidas a biomassa, como as que utilizam o álcool para a geração de energia elétrica, começa a ficar aquecido. Fabricantes como a Siemens programam expansão em unidades para atender à crescente demanda que já chega ao mercado.

Por outro lado, o mercado de turbinas a gás para geração de energia elétrica não se mostra tão confiante assim. A grande causa disso é a incerteza em relação ao fornecimento do insumo, que paralisou novos investimentos em termelétricas movidas por esse combustível. Mesmo assim, é esperado o retorno das encomendas nesse mercado dentro de dois anos.

Estudo feito pela Frost & Sullivan estima que os negócios no mercado de turbinas a vapor, que em 2006 movimentou, no Brasil, US$ 317 milhões, chegarão a US$ 1,8 bilhão em 2012. A maior demanda será gerada pelas usinas que utilizam o etanol como combustível para a geração elétrica. Já o mercado de turbinas a gás, que em 2006 gerou negócios de US$ 546 milhões, alcançará US$ 1 bilhão dentro de cinco anos.

"A biomassa vai impulsionar o crescimento do mercado de usinas a vapor. Apesar de serem as turbinas de menor porte, o número de unidades que serão encomendadas é muito grande. Há muito espaço para o crescimento da biomassa, e estão programados um volume significativo de investimentos para os próximos anos", afirma a gerente da área de Energia da Frost & Sullivan, Milena Matone.

BIOMASSA. O Brasil é o principal mercado para as turbinas a vapor que utilizam biomassa, na América Latina. Cerca de 65% das encomendas de turbinas desse tipo tem a biomassa como fonte combustível. No restante da América Latina, esse índice fica em 54%.

O mercado de turbinas a vapor latino-americano movimentou US$ 775 milhões em 2006, com o Brasil sendo responsável por 41% das encomendas. Em 2012, a projeção do estudo indica um volume de negócios de US$ 2,7 bilhões.

As turbinas a vapor de maior porte utilizam o carvão mineral como combustível, e segundo Milena, também terá um crescimento considerável no Brasil. Os números do Plano Decenal 2007-2016 ilustram bem essa perspectiva. O estudo desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indica que são considerados uma adição de 1.100 megawatts (MW), em um cenário de expansão de 4,2% do PIB, e de 1.750 MW de capacidade instalada oriunda de termelétricas movidas a carvão mineral, em um cenário de crescimento de 4,9%. No plano anterior, para o período 2006-2015, a potência adicional a partir da instalação de novas usinas a carvão não passava dos 350 MW. Com isso, a participação do carvão na matriz termelétrica nacional vai pular dos 9,4% verificados em janeiro de 2007 para 14,1% em 2016.

"O Brasil terá um incremento em termos de encomendas de turbinas a vapor de grande porte, que utilizam carvão mineral. Mas em países como o México, essa demanda será bem maior, em parte por causa dos altos preços do petróleo e do gás natural, aliado às reservas locais de carvão", explica a especialista.

No caso do mercado de turbinas movidas gás natural, o Brasil até apresenta um crescimento considerável, de 7% até 2012, diante das condições gerais para o aproveitamento do insumo no País. Em toda a América Latina, a perspectiva é de um incremento de 13% no volume de negócios de turbinas a gás voltadas para a geração elétrica.

"O mercado de gás natural no Brasil ainda é muito recente, falta muito a ser feito em termos de infra-estrutura. No Nordeste, as térmicas estão paradas por falta de gás. As empresas vêm ganhando apenas na parte de serviços, já quase não há encomendas", observa Milena.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Brandend Content
Intercabos® celebra 25 anos de excelência e inovação no ...
24/10/25
OTC Brasil 2025
Evento exclusivo reúne grandes empresas, startups e líde...
24/10/25
OTC Brasil 2025
PRIO compartilha estratégias de negócio para campos madu...
24/10/25
OTC Brasil 2025
BRAVA Energia marca presença na OTC Brasil 2025, com des...
24/10/25
OTC Brasil 2025
OTC Brasil 2025 abre com foco em transição energética, i...
24/10/25
Pessoas
Luiz Carvalho é o novo CFO da Brava Energia
24/10/25
Oferta Permanente
Petrobras informa sobre resultado de leilão da ANP
24/10/25
Firjan
No horizonte 2035+, potencial energético do estado do Ri...
23/10/25
Pré-Sal
PPSA irá leiloar, em dezembro, primeira produção de petr...
23/10/25
OTC Brasil 2025
SLB Brasil marca presença na OTC 2025 com foco em inovaç...
23/10/25
Recursos Humanos
ANP publica novas informações sobre seu Programa de Form...
23/10/25
Leilão
Petrobras vence leilão e arrenda terminal RDJ07 no Porto...
23/10/25
Financiamento
Banco do Nordeste investirá R$ 360 milhões para reforçar...
23/10/25
Oferta Permanente
Equinor arremata dois novos blocos na Bacia de Campos du...
23/10/25
Oferta Permanente
Firjan comemora resultado do Leilão de Partilha da ANP, ...
23/10/25
OTC Brasil 2025
Evento reúne lideranças globais da indústria offshore e ...
22/10/25
Oferta Permanente
3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da ANP tem cin...
22/10/25
Posicionamento IBP
3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção
22/10/25
Margem Equatorial
Foresea estende contratos das sondas ODN II e Norbe IX c...
22/10/25
OTC Brasil 2025
Masterclass OTC Brasil 2025: Inovação, Liderança e Tecno...
22/10/25
Etanol
ORPLANA propõe criação de índice de ATR negociado em bol...
22/10/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23