A Tribuna, 23/02/2018
O Porto de Santos deve chegar a 2060 com uma movimentação anual de 306 milhões de toneladas,um crescimento médio de 2,1% ao ano, em uma estimativa otimista. Analisando de forma realista, o total será de 260,7 milhões de toneladas, com um índice de 1,7% ao ano. E em uma visão pessimista da economia, 215 milhões de toneladas, com uma média de 1,2% ao ano de aumento. Os números integram a versão preliminar do novo Plano Mestre do Porto de Santos,obtida com exclusividade por A Tribuna e que será apresentada pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) na tarde desta quinta-feira (22), no auditório da Associação dos Despachantes Aduaneiros, no Centro, em Santos.
Este novo Plano Mestre reúne projeções, até 2060, das operações do complexo santista e identifica seus futuros gargalos logísticos, entre outros dados. Essa pesquisa apontou, por exemplo, que as cargas conteinerizadas devem ter o maior aumento de movimentação no período, 2,1% ao ano, ampliando sua participação dos atuais 35% para 40%. Já os granéis sólidos vegetais devem passar de 42% do total movimentado pelo Porto para 36%. Essa relativa redução é reflexo, principalmente, das ferrovias que serão construídas no País e que facilitarão o escoamento da produção agrícola das zonas produtoras do Centro-Oeste pelos portos do Arco Norte.
O estudo ainda destaca a necessidade de investimentos nos acessos ao cais santista.As situações mais críticas encontram-se no sistema viário do complexo marítimo, que passa a apresentar gargalos a partir de 2020, e nas rodovias que servem a região, especialmente a Manoel Hipólito Rego (Piaçaguera-Guarujá), a Anchieta e a Domênico Rangoni,que devem ter um fluxo de trânsito muito intenso a partir de 2025, e a Imigrantes e o Trecho Sul do Rodoanel, que enfrentarão problemas a partir de 2045. A malha ferroviária,que tende a quadruplicar o montante de cargas movimentadas até 2060, só demandará investimentos em dois trechos locais.
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