País caiu 20 posições.
Valor Econômico
O Brasil caiu 20 posições no ranking de logística comercial do Banco Mundial, recuando do 45º lugar registrado no relatório anterior, de 2012, para o 65º posto no deste ano. Divulgado nesta quinta-feira, o estudo da instituição multilateral traz o Índice de Desempenho Logístico (LPI, na sigla em inglês), que classifica os países em várias dimensões do comércio, como o aspecto alfandegário, a qualidade da infraestrutura, a pontualidade no embarque e a qualidade e competência logística.
O Brasil aparece atrás de vários emergentes de peso. A China ficou em 28º lugar, a África do Sul, em 34º, o Chile, em 42º, o México, 50º, a Índia, em 54º e a Argentina, em 60º. Entre os países em desenvolvimento mais importantes, a Rússia ficou atrás do Brasil, em 90º.
Neste ano, numa pesquisa com 160 países, a Alemanha registrou o melhor desempenho geral, seguida por Holanda, Bélgica, Reino Unido e Cingapura. Os Estados Unidos estão em nono lugar. A lanterninha ficou com a Somália. No estudo realizado em 2012, a pesquisa analisou 155 países. O primeiro da lista foi Cingapura.
No item sobre a eficiência da alfândega, o Brasil aparece em 94º lugar. Em embarques internacionais, fica em 81º. O resultado é um pouco melhor no item infraestrutura - 54º - e qualidade e competência logística - 50º. São todos números piores do que no relatório de 2012. Naquele estudo, o Brasil estava em 78ª posição no item da eficiência da alfândega, em 41º lugar em embarques internacionais, em 46º em infraestrutura e em 41º primeiro em qualidade e competência logística.
Alguns indicadores dão uma ideia dos gastos com as atividades comerciais no país. Numa questão sobre o tempo e o custo de exportação, o custo de um contêiner de 12 metros ou semi-trailer no Brasil fica em US$ 866, acima dos US$ 494 da China e dos US$ 492 da Índia, mas inferior aos US$ 1.348 do México. O Brasil também não vai bem quando se mede o tempo entre a entrega de uma declaração na alfândega e a notificação de desembaraço, incluindo inspeção física. Isso demora oito dias no Brasil, acima dos três na China, dois na Índia e dois no México.
O relatório mostra que a distância entre os países com os melhores e os piores desempenhos em logística comercial continua muito grande, embora tenha havido uma lenta convergência desde 2007, quando foi realizada a primeira edição do trabalho. "Essa distância persiste por causa da complexidade de reformas relacionadas à logística e do investimento em países em desenvolvimento, e apesar do reconhecimento quase universal de que uma baixa eficiência na cadeia de suprimentos é a principal barreira para a integração comercial no mundo moderno", diz o Banco Mundial.
Essa é a quarta edição do relatório do LPI. As outras saíram em 2007, 2010 e 2012. O estudo deste ano traz também uma classificação dos países levando em conta os quatro resultados, atribuindo peso de 53,3% para o de 2014, de 26,7% para o de 2012, de 13,3% para o de 2010 e de 6,7% para o de 2007. Por esse critério, o Brasil fica em 57º lugar.
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