Refino

Estudo busca alternativas para a refinaria Ipiranga

Jornal do Commercio
15/06/2007 00:00
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Um grupo de trabalho constituído por representantes do Grupo Ultra, Petrobras, Braskem, prefeitura de Rio Grande, governo do Estado e sindicato dos trabalhadores apresentarão, em cerca de 60 dias, sugestões de alternativas operacionais para a Refinaria Ipiranga. O presidente do Grupo Ultra, Pedro Wongtschowski, lembra que, no passado, foram levantadas diversas hipóteses, como a produção de nafta, de derivados de petróleo e até mesmo de biodiesel.

"O compromisso que foi assumido é o da continuidade operacional da refinaria, o que está sendo cumprido", diz Wongtschowski. Com a venda do Grupo Ipiranga, o controle acionário da refinaria do Rio Grande está divido entre Grupo Ultra, Petrobras e Braskem. Wongtschowski esteve ontem em Porto Alegre palestrando na reunião-almoço Tá na Mesa, da Federasul.

Além de parte da refinaria gaúcha, o Grupo Ultra assumiu o segmento de distribuição de combustíveis da Ipiranga nas regiões Sul e Sudeste. O market share do grupo no mercado nacional de distribuição de combustíveis atualmente é de 15%. Os ativos da Ipiranga representam um aumento de cerca de 60% na geração de caixa (Ebitda) do Ultra, que no ano passado foi de R$ 850 milhões.

Segundo Wongtschowski, a operação de aquisição da Ipiranga é uma ação complexa devido à estrutura acionária do grupo que envolve três companhias abertas, com participações cruzadas. A expectativa é de que, até o quarto trimestre deste ano, a operação envolvendo os ativos da Ipiranga seja completada. No entanto, os resultados do segundo trimestre de 2007 da Ipiranga já serão contabilizados separadamente pelos sócios da negociação.

As prioridades do Grupo Ultra no momento são manter a posição de mercado e tomar as medidas jurídicas necessárias para encerrar a operação até o final do ano. Questionado por que a Ipiranga foi vendida, Wongtschowski respondeu que se trata de uma empresa que tem bons ativos e boa administração, mas o modelo de gestão da Ipiranga era muito complexo, com a participação de cinco famílias como acionistas, e não seria sustentável a longo prazo. "O processo decisório, com aquela estrutura societária e jurídica, era complicado. Os mercados hoje são dinâmicos e a Ipiranga estava perdendo a funcionalidade", argumenta Wongtschowski.

Para o dirigente, há um grande espaço para a Ipiranga crescer no País. A intenção do Grupo Ultra é fazer com que a Ipiranga volte a ter atuação nacional no futuro. A Petrobras, que ficou com a área de distribuição de combustíveis da Ipiranga nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, tem cinco anos para trocar a marca. O Ultra poderá atuar no mercado dessas regiões neste período desde que não seja com a marca Ipiranga. Há a possibilidade de que isso ocorra através da marca Atlantic, que pertence à Ipiranga.

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