Agência Estado
Pelo menos três empresas estrangeiras estão disputando participação acionária no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), disse hoje o presidente da Petroquisa, braço petroquímico da Petrobras, José Lima de Andrade Neto. A participação de estrangeiros no negócio não é vetada, lembrou ele, ao ser indagado se isso poderia "atrapalhar" o objetivo do Comperj de consolidar as empresas nacionais do setor petroquímico.
"Temos que estudar junto aos outros sócios como pode se dar a participação do estrangeiro, em que ele pode contribuir", disse Lima.
Uma das possibilidades, segundo ele, seria utilizar a figura do "tomador" de produto. "Quando houver a inauguração da unidade, logo no início não haverá demanda para toda a produção. Para isso, podemos fazer um tipo de contrato temporário com uma empresa de fora que queira receber esta produção no período", explicou.
Segundo ele, a prioridade da estatal é definir a composição acionária do Comperj, até o final do ano. "Em 2007 nossa prioridade foi ajudar a arrumar o setor, porque percebemos que não teria condições de fazer qualquer coisa sem que o setor petroquímico estivesse fortalecido", disse ele em entrevista, após participar de seminário sobre o Comperj, promovido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
O presidente da Petroquisa não quis adiantar qualquer detalhe sobre como ficará esta composição acionária. Ele lembrou que, por enquanto, estão mantidos os sócios BNDES e Grupo Ultra (que foi o pioneiro na elaboração do projeto). Mas ele não soube dizer se haverá ou não integração da primeira e segunda geração da unidade petroquímica. "Essa integração não está completamente descartada", disse.
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