O segmento tende a demandar ainda mais profissionais qualificados.
Redação/ AssessoriaA desaceleração das empresas do setor de petróleo e gás nos últimos meses deve ser superada em 2015. A perspectiva se dá pelo volume da produção de petróleo previsto para o próximo período, uma meta de dobrar os barris até 2020 e triplicar até 2035, segundo a presidente da Petrobras, Graça Foster.
Além disso, muitas plataformas de perfuração e navios de produção que estão sendo construídos começarão a entrar em operação para atender a demanda.
Com a estatal brasileira apresentando problemas em seu fluxo de caixa, a fraca participação das operadoras internacionais, as chamadas International Oil Company, nas últimas rodadas de licitação de poços promovidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) também contribui negativamente para o desempenho atual do segmento. “O afastamento das grandes empresas de capital estrangeiro acaba ocorrendo por conta das mudanças no modelo licitatório”, analisa Karim Warrak, Director & Partner da Asap Recruiters, consultoria especializada em recrutamento e seleção de executivos.
No entanto, com a perspectiva de reversão para os próximos anos, o mercado já começa a apresentar incremento na demanda por profissionais qualificados.
Alguns subsetores chegam a passar ilesos à falta de investimento devido aos contratos de médio e longo prazo firmados em anos anteriores. A construção naval e os fornecedores de equipamentos submarinos de grande porte são exemplos dessas indústrias. “Com essa retomada, a força de trabalho tem investido em cursos técnicos para o setor. Pós-graduações em Engenharia Naval e de Petróleo, por exemplo, têm sido muito requisitadas”, comenta Warrak.
Nos últimos anos, muitos executivos de outros mercados, como mineração, construção civil, siderurgia, automotivo e aeronáutico têm migrado para o setor de petróleo e gás. “As expectativas das empresas estão voltadas a perfis profissionais que apresentem competências consideradas fundamentais, como saber lidar com pressão, ser analítico, organizado e ter flexibilidade”, ressalta Warrak.
Hoje, as principais demandas continuam se concentrando no Estado do Rio de Janeiro, com destaque especial para a região de Macaé. No entanto, muitos estaleiros em operação e outros em construção já aquecem outros mercados regionais, como o Sul e o Nordeste.
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