Petrobras

Estatal prevê retomada de demanda por gás no Brasil

Gazeta Mercantil
14/05/2009 07:13
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A Petrobras prevê que uma maior demanda de gás natural no Brasil favorecerá a retomada do volume produzido, ao mesmo tempo em que impactará positivamente na redução de custos de produção, setor da companhia já beneficiado com a recente melhora do preço do petróleo, de acordo com o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa.

 


A produção de gás no Brasil, excluindo o liquefeito, caiu para 309 mil barris/dia no primeiro trimestre de 2009, ante 330 mil barris/dia no quarto trimestre, enquanto as vendas de gás natural no mercado doméstico despencaram 29% nos primeiros três meses do ano, para 215 mil barris de óleo equivalente. Mas já ocorre uma retomada na demanda, segundo a companhia.

 


“A produção foi limitada em virtude da menor demanda de gás no País. Pela maior capacidade hidrelétrica disponível, a termelétrica foi menos demandada e também por causa do setor industrial, que consumiu menos. Mas a demanda está sendo retomada. E vamos ter mais produção”, declarou Barbassa.

 


A produção de gás foi menor no trimestre, apesar de a produção total média nacional da estatal (petróleo e gás) no mesmo período ter subido 3% ante o quarto trimestre de 2008 e 7% contra o primeiro período de 2008, para um total de 2,261 milhões de barris por dia.

 


Barbassa declarou ainda que a queda na demanda de gás, em meio à crise financeira e com os consumidores optando pelo óleo mais barato para gerar energia, afetou o custo de produção da companhia no primeiro trimestre. “Na medida em que retomamos, isso tem um efeito”, declarou o executivo.

 


Custos menores

 


O diretor da Petrobras, que verifica uma redução nos custos de produção (lifting cost) desde o terceiro trimestre de 2008, quando começou a se aprofundar a crise, disse ainda que há uma tendência de redução de despesas. O custo de produção foi de R$ 34,24 no primeiro trimestre de 2009, ante R$ 43,20 no mesmo período do ano passado e R$ 41,48 no quarto período. “Temos indicações de processos licitatórios com melhores preços”, afirmou Barbassa, em conferência para investidores. “Já temos contratos de afretamento de navios com preços mais baixos”, ressaltou.

 


Segundo o executivo da Petrobras, há uma expectativa de pelo menos manutenção, no segundo trimestre, dos custos verificados no primeiro. Com a entrada em produção das novas plataformas (P-53, P51 e FPSO Cidade Niterói), que permitiram o registro de um recorde diário de produção de 2,059 milhões de barris/dia, em 4 de maio, a estatal espera também continuar reduzindo custos.

 


Meta: 2,050 milhões de barris

 


A despeito da produção, Barbassa afirmou que a estatal caminha para atingir a meta anual de 2,050 milhões de barris. “É preciso ver o crescimento para frente para ver se a meta pode ser atingida. A meta tem flexibilidade de mais ou menos 2,5%, e estamos dentro da meta”, afirmou o diretor financeiro.

 


A produção da estatal cresce no momento em que a o petróleo ganha firmeza no mercado internacional, o que pode reduzir, segundo Barbassa, a margem do setor de abastecimento da companhia em benefício do segmento de exploração & produção.

 


Manobra contábil

 


Comentando notícias publicadas na mídia sobre uma suposta manobra contábil da Petrobras para evitar tributos sobre ganhos decorrentes da variação cambial no primeiro trimestre, o diretor financeiro da estatal afirmou que a Petrobras apenas seguiu as normas de uma Medida Provisória.

 


Segundo o executivo, a Medida Provisória foi feita “para evitar que as empresas paguem impostos sobre ganhos que não tenham base na realidade, fruto de flutuações cambiais”.

 


Barbassa negou que a Petrobras tenha tido um crédito de R$ 4 bilhões, como tem sido dito. “Os R$ 4 bilhões são resultado de R$ 1,8 bilhão gerados com juros sobre capital próprio. Isso ninguém questiona. O que tem de compensação oriunda de ganho de variação cambial é de R$ 2,1 bilhões. Desses R$ 2,1 bilhões, dado o cálculo do imposto devido, as nossas estimativas geraram tanto créditos quanto débitos”, declarou. “Geraram um débito de R$ 1 bilhão e um crédito de R$ 2,1 bilhões. Pagamos o débito em janeiro e compensamos o crédito gerado. Temos um saldo de R$ 1,1 bilhão, e não R$ 4 bilhões”, afirmou.

 


Questionado sobre o momento da opção da Petrobras pelo regime de tributação anual, que foi feito no meio do ano retroativamente, o diretor da Petrobras afirmou que a norma não estabelece uma data. Se fosse diferente, a empresa estaria sujeita a “um jogo, poderia fazer a escolha certa ou errada”.

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