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A negativa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ao pedido da Petrobras para prorrogar prazos exploratórios na área do pré-sal da bacia de Santos pode levar a estatal a realocar sondas de perfuração no País e ir ao mercado internacional em busca de arrendamentos de emergência do equipamento, informou o gerente executivo da estatal para a área do pré-sal, José Fomigli.
Afirmando ainda não ter sido comunicado da decisão tomada pela ANP na semana passada, Fomigli explicou que se o prazo não for prorrogado a empresa terá que buscar maneiras de evitar a devolução de áreas.
"O que pode acontecer é que a gente tenha que alocar, via deslocamento de outras áreas, via novas contratações, para que a gente nao tenha prejuizos nas áreas do pré-sal", explicou o executivo.
Ele informou que continua a dificuldade de conseguir equipamentos para águas profundas, motivo do pedido de prorrogação à ANP, e o jeito será buscar sondas junto com os parceiros para preservar ao máximo os seus interesses.
Para isso, a Petrobras, que como operadora é responsável pelo aluguel ou compra dos equipamentos, admite arrendar as sondas por meio dos consórcios que integra no pré-sal para ampliar as chances de conseguir os equipamentos e, ao mesmo tempo, não pesar muito no orçamento da estatal.
Ele ressaltou porém que o arrendamento não será feito a qualquer preço, e que se a estatal não conseguir cumprir os prazos estabelecidos pela ANP, parte dos blocos terá que ser devolvida.
"Tupi é o primeiro que teria que entregar, tenho até o final de 2010 para declarar comercialidade", informou, referindo-se ao bloco mais adiantado na região do pré-sal, atualmente em Teste de Longa Duração "muito bem sucedido - segundo ele.
"Quando declarar comercialidade vamos pedir extensões de prazo (à ANP) compatíveis com a nossa descoberta", antecipou.
Fomigli admitiu que para iniciar o Plano Piloto em Tupi, previsto para o final de 2010, será necessário ter certeza se não haverá necessidade de unitização com a área que extrapola a concessão, como acontece em Iara, já que a área fora da concessão é da União e provavelmente dependerá da elaboração de um novo marco regulatório para ser negociada.
"No sul de Tupi não tem indício de que terá que unitizar, esse seria o caso mais grave, e como Iara é só em 2013 que temos que declarar comercialidade, estamos tranquilos", afirmou.
"O marco regulatório é uma condição grande para isso (unitização), mas se não estiver concluído vamos seguindo em frente e a parte que não tem regra vai ser resolvida depois", explicou, dando como exemplo um bloco entre a Noruega e o Reino Unido que passou anos sendo explorado pela Noruega e depois o Reino Unido reclamou a unitização.
"Eles sentaram e resolveram, não teve que mandar nenhuma esquadrilha aérea, e é isso que vamos fazer aqui", afirmou.
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