As empresas estatais arremataram a maioria dos lotes ofertados no primeiro leilão de linhas de transmissão deste ano, realizado na sexta-feira (8), na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Agência BrasilAs empresas estatais arremataram a maioria dos lotes ofertados no primeiro leilão de linhas de transmissão deste ano, realizado na sexta-feira (8), na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Foram leiloadas 19 linhas de transmissão e nove subestações, que deverão ser instaladas nas cinco regiões do país, totalizando 2,4 mil quilômetros de extensão, com obras em 13 estados.
O deságio médio foi de 20,31% sobre a Receita Anual Permitida (RAP), que era de R$ 229,357 milhões. As linhas entrarão em operação em até 24 meses após a assinatura dos contratos de concessão. As obras vão gerar 9,4 mil empregos diretos e estima-se que consumam R$ 1,787 bilhão em investimentos.
As empresas do sistema Eletrobrás, isoladamente ou consorciadas com grupos privados, venceram sete dos 12 lotes ofertados. A Eletronorte arrematou três dos 12 lotes ofertados, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) ficou com dois lotes e Furnas Centrais Elétricas também arrematou dois.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, no entanto, procurou minimizar o efeito da predominância das estatais na licitação.
“As empresas estatais entraram de forma minoritária nos consórcios. Os que ganharam, em sua maioria, são consórcios privados e apenas em um ou outro as coligadas à Eletrobrás entraram sozinhas. E a gente não tem porque discriminar as estatais e restringir sua participação nos leilões no Brasil. A licitação foi um sucesso, teve grandes deságios e isto é que é o mais importante”, avaliou.
Com a Chesf tendo arrematando duas linhas de transmissão, a Eletrobrás e suas subsidiárias ficaram com um total de 2.278,3 km de linhas de transmissão, o equivalente a 92,42% dos 2.465 km ofertados pela Aneel.
O primeiro lote arrematado pelo grupo Eletrobrás foi o mais disputado do leilão. Ele envolve seis linhas de transmissão nos estados de Mato Grosso e Rondônia, totalizando 987 quilômetros de extensão.
Pelo lote, o consórcio Porto Velho – Jauru, com participação de 49% da controlada Eletronorte, houve um comprometimento de obtenção de uma Receita Anual Permitida Máxima de R$ 42,688 milhões, um deságio sobre o preço fixado pela Aneel de 15,34%. Além da Eletronorte, participam do consórcio vencedor a Companhia de Transmissão de Energia de Energia (25,5%) e a espanhola Abengoa (25,5%).
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