<P>Estaleiros que ganharam a licitação da Transpetro, incluindo pernambucano Atlântico Sul, e trabalhadores da indústria naval vão pressionar o Ministério dos Transportes para que os contratos para a construção de 26 novos grandes navios seja assinado imediatamente. Hoje, o ministro dos Tran...
Jornal do Commercio (PE)Estaleiros que ganharam a licitação da Transpetro, incluindo pernambucano Atlântico Sul, e trabalhadores da indústria naval vão pressionar o Ministério dos Transportes para que os contratos para a construção de 26 novos grandes navios seja assinado imediatamente. Hoje, o ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos receberá representantes da indústria naval para tratar das dificuldades da aprovação do limite de endividamento da Transpetro no Senado - última etapa necessária para o início das obras do estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco.
Vamos a Brasília tentar aprovar isso logo. Se até a metade de novembro não tiver uma definição, vamos levar milhares de trabalhadores do Rio de Janeiro para pressionar o Congresso em Brasília, promete Edson Carlos Rocha da Silva, coordenador do setor naval da CUT e integrante do Fundo de Marinha Mercante. A Transpetro precisa que o Senado aprove um limite de endividamento para a estatal para que ela possa contratar o financiamento para a compra dos navios. Apenas os dez navios Suezmax vendidos para o Atlântico Sul, que será instalado em Suape, custam US$ 1,2 bilhão. Essa pressão tem que ser feita. Por causa das eleições o Senado não aprovou esse limite de financiamento, completou Arcy Paiva, integrante do consórcio Rio Naval, que construirá navios Panamax e Aframax.
O limite de endividamento já foi aprovado pela Comissão de Finanças do Senado e falta apenas ser apreciado pelo plenário. Trata-se de uma etapa burocrática, que só virou alvo da preocupação do setor por causa do período político. Além do período eleitoral esvaziar as sessões do parlamento, a oposição aproveitou para dificultar a aprovação de uma licitação bilionária, concluída em pleno período eleitoral. A expectativa agora é que seja muito mais fácil aprovar. O cenário político já está definido, comentou o vice-presidente do consórcio Atlântico Sul, Jorge Ferraz. Essa demora está custando o emprego de dez mil pessoas, diz Silva. A Transpetro preparou um material para ser entregue aos senadores mostrando os benefícios do programa.
O estaleiro de Suape já era para estar em avançado estágio de obras, mas o consórcio definiu que só começa o empreendimento com o contrato assinado. A previsão é que pelo menos cinco mil empregos sejam gerados para a construção dos dez navios, mas caso o Atlântico Sul consiga ganhar uma encomenda de plataforma, a demanda de trabalhadores pode dobrar. O Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp), responsável pela capacitação de trabalhadores para o estaleiro e refinaria, está em compasso de espera pela definição do início do estaleiro. O estaleiro vai ser a bola da vez na capacitação, mas sem a assinatura do contrato não dá para começar os cursos, diz Antônio Sotero, secretário-geral do Prominp em Pernambuco.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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