A Enseada Indústria Naval concluiu as obras civis do Cais I, importante etapa do processo de construção da Unidade Paraguaçu. Após um ano e nove meses, o estaleiro já pode receber navios, inclusive com equipamentos para descarga, diminuindo assim os custos e tempo de transporte. Com uma área total de 5,2 mil metros quadrados, o cais tem capacidade para atracar embarcações com até 210 metros de comprimento.
A primeira fase de construção, a parte de infraestrutura, foi composta pelas etapas de cravação de estaca, escavação, armação e concretagem. Já a segunda fase, a de superestrutura, consistiu em montagem de pré-moldados, armação e concretagem in loco. Para tornar possível a realização desses dois ciclos, foi preciso o empenho de 320 integrantes trabalhando nessas atividades.
Para Silvio Zen, diretor de Implantação da Unidade Paraguaçu, a construção do Cais I foi um desafio vencido com a ajuda de toda a equipe. “Todos eram muito comprometidos e isso fez com que nós conseguíssemos, inclusive, antecipar a conclusão da obra em 20 dias. Esperamos obter o mesmo resultado com os cais II e III, com previsão de serem finalizados, respectivamente, em outubro e novembro deste ano”, afirmou o executivo.
Investimento e fase de operação
A Unidade Paraguaçu está com 50% de suas obras concluídas e tem a previsão de ser inaugurada em março de 2015, porém, já está em fase de operação, construindo as sondas para exploração do pré-sal. A Enseada Indústria Naval é formada pelas empresas Odebrecht, OAS, UTC e a KHI (Kawasaki Heavy Industries Ltd.) e possui investimentos na ordem de R$ 2,6 bilhões no Recôncavo Baiano. Sua carteira de contratos inclui, na Bahia, a fabricação de seis navios sonda para a Sete Brasil e, no Rio de Janeiro, a conversão dos cascos de quatro navios VLCCs em FPSOs para a Petrobras.
A matriz da Enseada está localizada no município de Maragojipe (BA), com uma área de 1,6 milhão de metros quadrados, dos quais 400 mil são destinados à preservação ambiental. Quando estiver operando a plena capacidade, poderá processar até 36 mil toneladas de aço por ano trabalhando em regime de turno único, o que permite uma ampla margem de produção, construindo navios de altíssima especialização, que poderão ser fabricados simultaneamente.