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Jornal do Commercio – PESuape precisará de uma série de ações imediatas, que devem ser implementadas já pela equipe de transição do futuro governo Eduardo Campos (PSB), para garantir as verbas e o desenvolvimento dos projetos estruturadores do complexo industrial. Ontem, durante reunião das equipes de transição, o presidente do Porto de Suape, Matheus Antunes, detalhou os projetos que estão sendo executados e fez recomendações de ações.
A principal recomendação envolve a garantia de recursos orçamentários. Suape tem obra classificada dentro do Programa Piloto de Investimento (PPI), um regime especial em que supostamente os recursos seriam liberados de forma automática, sem contingenciamento. “Hoje o gestor de Brasília trabalha com três hierarquias para a liberação de verbas. O PPI em primeiro lugar, projetos do governo em segundo lugar e em último as emendas”, afirmou.
Um dos pedidos é para que se faça pressão política em Brasília para a garantia do empenho dos R$ 13 milhões que restam no Orçamento de 2006 para a conclusão das obras do cais 4. A obra tem prazo de conclusão até maio do próximo ano e recebeu de Pernambuco R$ 9,1 milhões. O presidente de Suape também frisou a importância de tentar colocar as obras de infra-estrutura para o estaleiro no regime do PPI. A obra custa R$ 112,4 milhões e ainda restam R$ 35,5 milhões que não foram liberados no Orçamento de 2006.
O vice-governador eleito João Lyra Neto gostou do que ouviu. “As recomendações feitas para que não haja prejuízo em 2007 são das mais importantes. Isso porque são ações que precisam ser feitas agora e que o futuro governador Eduardo Campos está empenhado em cumprir”, afirmou.
Antunes frisou que Suape é cada vez mais sustentável financeiramente. “Faturamos R$ 27 milhões este ano e desse valor sobram 30% para investimento. Todos os pagamentos das indenizações do terreno da refinaria, que custou R$ 3 milhões, foram feitos com caixa próprio”, afirmou.
Ele também recomendou que o futuro governo realize um concurso público para a estatal. “Se querem resolver um desafio, chamem um concurso para Suape. Deveríamos eliminar tantos cargos comissionados”, afirmou, apesar de reconhecer que será difícil encontrar profissionais com o perfil desejado e os salários oferecidos. “Suape atual depende do orçamento fiscal. Mas o futuro é viabilizar as obras através de instrumentos financeiros como recebíveis”, afirmou Antunes.
Esse instrumento será importante para viabilizar as obras de infra-estrutura para a refinaria. Segundo um novo cálculo, vão custar até R$ 400 milhões as obras necessárias, incluindo a dragagem para a atracação de petroleiros, píer de granéis líquidos e cais de granéis sólidos. O valor do investimento é alto, mas poderá ser viabilizado com os recursos que serão gerados com as tarifas cobradas da Petrobras pela operação portuária. Essas tarifas poderão ficar entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões.
“O que a gente precisa é de contrato. Se o contrato for assinado, é possível ir numa instituição financeira e fechar uma operação de recebíveis para realizar os investimentos”, disse. “A única coisa que a gente não pode perder é tempo”, afirmou Antunes, dizendo que a sua experiência estaria a serviço do novo governo nesta transição. Ele também prometeu entregar até o final do ano o restante dos 210 hectares que integralizam o terreno da refinaria. Outras obras, como a realocação do gasoduto, linha de alta tensão e estrada de acesso terão que ficar prontas até julho de 2007, quando a refinaria vai entrar em terraplenagem.
Fonte: Jornal do Commercio – PE
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