A Petroequador adquiriu operações da Occidental no país. Em resposta o governo norte-americano cancelou negociações de comérico exterior e foi criticado pelo secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.
Redação com agêncA petroleira estatal equatoriana, Petroequador, adquiriu as operações da Occidental no país. Em resposta, o governo norte-americano cancelou negociações sobre tratamento especial em relações de comércio exterior e foi criticado pelo secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.
O processo de aquisição das operações foi iniciado há duas semanas, quando a companhia estatal obteve autorização ao seu requerimento de cancelamento dos contratos da petroleira norte-americana junto ao Ministério Público e ao Ministério da Energia do Equador.
O motivo para o cancelamento da concessão de exploração que a Occidental detinha no país desde 1999 deve-se ao fato da companhia não ter apresentado o relatório oficial sobre a transferência de 40% de seus ativos para a canadense Encana, participante de um consórcio chinês.
No sábado, o presidente do Equador, Alfredo Palácio, fez pronunciamento à nação e argumentou que "o Equador é um país amigável, mas que também está determinado a defender seus interesses e o bem-estar dos cidadãos equatorianos, além da integridade de seu território".
O secretário geral da OEA, criticou a rapidez com que os Estados Unidos responderam à decisão equatoriana. "Acho que não se passaram mais do que algumas horas entre a decisão do Equador e a resposta dos Estados Unidos", disse.
Insulza observa que embora a América Latina esteja se tornando crescentemente polarizada como resultado do aumento da influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a única mudança importante ocorreu na Bolívia. O executivo considera, inclusive, que as decisões políticas na região devem ser admitidas como um ato de maturidade política. "Quando a Europa opta por partidos de esquerda ou de direita, ninguém se manifesta quanto ao destino do continente ou algo assim", disse.
O Ministro de Hidrocarbonetos da Venezuela, Rafael Ramírez, manifestou o apoio do governo venezuelano em relação à decisão do Equador, assim como o fez a respeito da decisão de nacionalização do petróleo e do gás na Bolívia. Autoridades equatorianas ressaltam, no entanto, que o cancelamento dos contratos da Occidental não representam a nacionalização da indústria petrolífera do país.
A Occidental alega que investiu cerca de US$ 6 bilhões desde 1999 em exploração e produção no Equador. A companhia chegou a produzir 100 mil barris por dia e é responsável por cerca de 20% da produção petrolífera equatoriana. A companhia norte-americana exige US$ 1 bilhão como compensação pelo cancelamento do contrato.
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