A desaceleração do crescimento da demanda mundial de petróleo aliada à expansão da produção serão dois fatores que sustentarão a redução gradativa do preço do insumo no mercado internacional até 2015, quando o barril do tipo brent deverá se estabilizar entre US$ 70 e US$ 75 em termos r
RedaçãoA desaceleração do crescimento da demanda mundial de petróleo aliada à expansão da produção serão dois fatores que sustentarão a redução gradativa do preço do insumo no mercado internacional até 2015, quando o barril do tipo brent deverá se estabilizar entre US$ 70 e US$ 75 em termos reais. A projeção é o principal destaque do estudo " Contexto Mundial e Preço do Petróleo: Uma Visão de Longo Prazo", cujos principais pontos foram apresentados nesta terça-feira (16) pelo presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, durante palestra na Rio Oil & Gas.
A análise revela a visão de longo prazo da empresa para o mercado internacional de petróleo. "Nunca foi tarefa fácil prever a evolução dos preços internacionais de petróleo, em função da complexidade de interesses dos agentes e dos fatores envolvidos. O momento atual, em especial, se caracteriza por grandes incertezas em torno do comportamento de diversas variáveis relevantes, tornando a projeção de preços particularmente desgastante", observou Tolmasquim.
Na comparação com os dados mundiais dos países em desenvolvimento, o presidente, apresentou que o crescimento médio do PIB foi de 4%, alavancando uma alta na demanda por petróleo de 1,7%. Já quanto à participação dos EUA, segundo o estudo da EPE, entre 2003 e 2006, o país teve participação relevante nesse crescimento de consumo, em função do seu forte crescimento econômico. Todavia, a redução de ritmo de incremento da demanda norte-americana em 2007 e na primeira metade de 2008 foi, em boa medida, compensada por um maior consumo de petróleo na China, na Índia e no Oriente Médio.
Ainda de acordo com o estudo, o recrudescimento de tensões geopolíticas em áreas produtoras importantes como Nigéria, Iraque e Venezuela vem representando maiores dificuldades na expansão da produção mundial, ampliando o risco de outras interrupções de oferta num mercado que já se encontra "apertado".
As projeções da EPE traçam ainda uma redução da demanda especulativa nos próximos anos, tendo como fator gerador a recuperação do valor do dólar. Isto acarretará em uma menor posição em petróleo nas aplicações financeiras.
Tolmasquim acredita que o etanol não será ameaçado devido esta queda do petróleo, porém alerta que provavelmente o gás pode cair. Paralelo à discussão, o presidente afirmou que o valor atual de 70 dólares dos campos marginais não inviabilizará o pré-sal.
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