A cidade será a primeira da América Latina a usar fontes limpas para abastecer órgãos públicos. A economia para o município será de mais de R$ 30 milhões, em cinco anos
Redação TN Petróleo/AssessoriaA Prefeitura do Rio, em uma ação pioneira, começou a utilizar “Energia Verde”, que privilegia a adoção de fontes limpas e renováveis no Mercado Livre de Energia. Desenvolvido pela Subsecretaria de Gente e Gestão Compartilhada, da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, o programa foi inaugurado nesta segunda-feira (4/9) pelo prefeito Eduardo Paes com o início do abastecimento do Centro Administrativo São Sebastião (CASS), sede da Prefeitura. O Rio é a primeira cidade da América Latina a utilizar energia renovável para abastecer órgãos públicos. “É um movimento simbólico, mas muito importante. O esforço de economizar é sempre bom, e utilizar energia renovável é um diferencial enorme. Vamos levar para 20 unidades de saúde e expandir cada vez mais para toda nossa rede de prédios municipais”, afirmou Eduardo Paes que, em seguida, fez a ligação para o novo abastecimento de energia do CASS.
O projeto de aquisição de energia no ambiente livre de contratação (ACL) faz parte do Programa de Eficiência Energética (PEE), da Prefeitura do Rio. A economia para o município, em cinco anos, será superior a R$ 30 milhões nas despesas de energia na sede administrativa da Prefeitura. A ação também evita a emissão de 40 mil toneladas de CO2 e, com isso, zera as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). A Distribuidora Light permanecerá responsável pela distribuição da energia.
“Todos ganham com este projeto: o município, que economiza ao abrir mais opções para compra de energia; os cidadãos, que vão ver a melhor aplicação do seu dinheiro pago em impostos; e o meio ambiente, com a adoção de energia limpa e renovável”, disse a secretária de Fazenda e Planejamento, Andrea Senko.
Chamado “Rio de Energia Verde – Aquisição de Energia Limpa e Renovável no Mercado Livre de Energia”, o projeto foi desenvolvido pela Prefeitura do Rio e está sendo viabilizado pela 2W Ecobank, comercializadora do Mercado Livre de Energia do Brasil. Em maio, o projeto rendeu à Prefeitura o Prêmio InovaCidade 2023, realizado pelo Instituto Smart City America Business, na categoria “Inovação e Sustentabilidade Ambiental”.
“Esse é um projeto muito importante para a 2W Ecobank e para a cidade do Rio de Janeiro. Um projeto inovador e de vanguarda, que enxergamos com extrema simpatia. Por um lado, abre espaço orçamentário para a Prefeitura investir no que é necessário para a população, ao mesmo tempo maximiza e evidencia a agenda de sustentabilidade da cidade do Rio”, declarou o vice-presidente da 2W Ecobank, Adriano Jucá.
A empresa participou da licitação pública da Prefeitura e venceu para o fornecimento de energia elétrica limpa e renovável incentivada, na modalidade varejista, no ambiente de contratação livre para duas unidades consumidoras: a sede e o anexo do CASS. O período é de 60 meses, com aquisição de até 1,46 MW médio de energia. Na primeira etapa do projeto foi realizado um pregão, que teve a 2W Ecobank como vencedora para aquisição de mais de 76 mil MWh no contrato.
Energia limpa em unidades de saúde
A próxima etapa é viabilizar o abastecimento de vinte unidades de saúde municipais. Para isso, a Secretaria de Fazenda lança, nesta segunda-feira (4/9), o edital para licitação de compra de energia verde direta com as geradoras, pelo período de 60 meses, para abastecer vinte unidades de saúde, como os hospitais Miguel Couto, Albert Schweitzer, Rocha Faria, Lourenço Jorge, e Pedro II.
- Como gestores do projeto, nossa intenção é expandir este modelo de aquisição de energia para além da sede da Prefeitura. Nos vinte equipamentos de saúde, temos uma estimativa de economia de R$ 115 milhões, em cinco anos, e 74 mil toneladas de Gases de Efeito Estufa evitadas. No Centro de Operações Rio (COR), um equipamento emblemático da cidade, vamos economizar, em cinco anos, aproximadamente R$ 5,5 milhões e evitar a emissão de oito mil toneladas de GEE - destacou a subsecretária de Gente e Gestão Compartilhada, Roberta Guimarães.
– A energia que nós comprávamos vinha do Sistema Interligado Nacional, que é a mesma fonte que as distribuidoras compram e nos repassam. Então, na verdade, elas são intermediárias do processo. Agora, estamos indo na fonte, de quem produz a energia. Por isso o impacto tão grande de 56% na redução da energia comprada. – complementou o gerente do Programa de Eficiência Energética da Prefeitura, Willians Gaspar.
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