Jornal do Commercio
A Usina Hidrelétrica Monjolinho, unidade da Engevix que está sendo instalada no Rio Grande do Sul, terá sua operação antecipada de novembro para junho. A usina, que terá 74 Megawatts (MW) de potência, demandou investimentos de R$ 252 milhões. A antecipação das obras, 89% já concluídas, permitirá que a empresa venda dois meses de sua geração (julho e agosto) no mercado livre de energia elétrica, cujos principais consumidores são as grandes indústrias, pelo preço spot (mercado à vista).
De acordo com o vice-presidente de Energia e Recursos Hídricos da Engevix, José Antunes Sobrinho, a partir de setembro até dezembro de 2010, a energia gerada pela usina está completamente comercializada a cliente da Engevix, cujo nome Antunes preferiu não revelar.
A partir de janeiro de 2011 e nos 20 anos seguintes a energia gerada por Mojolinho estará totalmente comprometida no mercado regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Engevix pretende fechar o ano com 175 MW de potência instalada. Ainda este ano, a empresa iniciará a operação de uma pequena central hidrelétrica de 14 MW, também no Rio Grande do Sul, chamada Moinho.
Segundo Antunes, a Engevix irá concentrar seus investimentos em projetos de geração de médio e pequenos portes. Nos grandes projetos de geração elétrica, afirmou, a empresa pretende atuar, por meio de sua subsidiária Desenvix, limitando-se à construção dos empreendimentos e não se envolvendo, portanto, na operação das unidades.
“Como geradora elétrica, queremos operar unidades de médio porte. Queremos investir em outras PCHs e também em uma usina de biomassa de cana-de-açúcar, em São Paulo. Nossa expectativa é chegar a 300 MW de capacidade instalada, em dois ou três anos”, afirmou Antunes.
A linha de transmissão de 138 kilowatts, que conduzirá a energia gerada por Monjolinho, já está em construção. Ela terá 18,5 quilômetros de extensão e levará a energia até a subestação de Passo Fundo, da Eletrosul.
A barragem da usina terá 74 metros de altura quando as obras forem encerradas. Até o momento, 70 metros já foram erguidos e a previsão é de que até maio a barragem esteja concluída. No mesmo mês deve ser iniciado o enchimento do reservatório.
As obras civis da casa de força estão 95% concluídas. No final do mês de abril, deverá ser concluída a montagem de uma turbina de 37 MW e do gerador da unidade 1.
Os testes dinâmicos (com água) começam em maio e a geração comercial está prevista para junho.A unidade 2 deve ser concluída em maio, a geração da segunda turbina deve começar na segunda quinzena de junho.
Outras partes da obra que devem ser concluídas em breve são o edifício de controle, a concretagem da tomada d’água, o vertedouro e as lajes da barragem.
A obra conta com o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e faz parte do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do governo federal. “Ficamos muito felizes com a antecipação das obras. Conseguiremos concluir a instalação da usina em 24 meses, o que é um recorde”, disse Antunes.
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